CPPE - Narusasu

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— Sasu? – Chamei ele, abaixando o celular por um momento. — Essa conversa vai ser longa, você não quer ir lá na sala assistir filme com o Izuna e o Tobirama? – Andei até ele, levando uma das mãos até sua bochecha, fazendo um carinho em sua pele macia e delicada.

Ele parecia uma boneca.

— Ok. – Ele sorriu, fechando os olhos e deitando o rosto em minha mão. — Desce lá quando terminar. – Se levantou e deixou um selinho demorado em meus lábios.

Segurei sua cintura no mesmo segundo, o prensando em meu corpo e aprofundei o beijo, fazendo ele sorrir e levar as mãos até meus cabelos, fazendo um carinho antes de eu terminar o beijo com selares longos.

Ele sorriu para mim e eu sorri de volta, esperando-o sair do quarto para ir até a porta e a trancar, cuidando para os passos sumirem para só então voltar até a janela, com o semblante já fechado, e enfim colocar o celular no ouvido de novo.

— Pelo visto você tá adorando a missão. – Gaara falou assim que eu respirei perto da linha e escutei a risada de Hinata, a entregando de também estar lá.

— Enfim. – Eu os cortei, sabendo que Sai estava desconfortável com aquilo. — Um babaca da NYUTS me atacou há alguns dias. Foi no banheiro do Shopping. Eles estão sem nenhum senso de preocupação. Qualquer um poderia entrar lá e ter nos visto naquelas condições.

— Você o matou? – Lee perguntou curioso e eu franzi o cenho.

Que pergunta é essa? Até parece que não me conhece.

— Não. Apenas fiz com que ele perdesse a consciência e então o prendi no banheiro. – Disse e Gaara riu.

— Adoro. – Ele retrucou e eu ri soprado.

— Você está bem? – Sai perguntou preocupado e eu sorri de lado.

— Tô inteiro, o cara não era nada treinado. – Eu ri novamente e então todo mundo ficou quieto, parecendo não saberem mais o que dizer. — Pois é.... – Comecei a brincar com a borda da janela, meio sem saber como falar. — Me desculpem pelo jeito que eu falei aquelas coisas... Sabe...

— Relaxa, Naruto. – Hinata disse, parecendo mais feliz. — Nós meio que merecíamos aquilo.

— Isso não justifica nada. Eu fui estupido e eu só tenho vocês de amigos. São importantes para mim, então... Não me esqueçam. – Pedi baixinho, envergonhado por estar falando isso.

— Awnnn, que amorzinho. – Gaara debochou e eu revirei os olhos, rindo. — Não esquenta, pirralho. Não temos mesmo como esquecer você. Você meio que virou uma lenda aqui por ter assustado o pai do Sai. – Sorri divertido.

Aquilo era bom.

— Se mais algum ataque acontecer, não esqueça de falar para nós. – Lee pediu e eu assenti, concordando com ele verbalmente depois. — Precisamos ir, o Chefe Yamanaka está pedindo para que todos vão para a sala de reunião, que a propósito, tem uma mesa de madeira agora. – Comentou maroto e eu ri.

— Não que nós duvidemos da sua capacidade de quebrá-la também. – Sai riu soprado. — Até mais, Naruto.

— Até mais, pessoal. – Disse e no próximo segundo a chamada foi cortada.

Joguei meu celular na cama e passei as mãos pelo rosto, sentindo o corte da sobrancelha e da boca quase completamente cicatrizado. Eu nem tinha esperado dois dias para já tirar os pontos da minha cabeça. Eu não gostava de parecer debilitado e também não estava, não queria ser tratado assim.

O vento que entrava pela janela era bom e um calmante. Deixei meus olhos se fecharam um momento para pensar em tudo o que aconteceu nessas duas semanas. Descobri que tinha um irmão, que a propósito estava morto, como o meu pai. Minha mãe biológica era mais filha da puta do que as que me adotavam. Todo mundo escondeu meu passado de mim e eu briguei com os meus amigos por isso. Todas as coisas de Menma são minhas agora, inclusive seu amigo, seu parceiro e seu marido. Sasuke sentia ciúmes de tudo e eu tinha que aprender a contornar essas coisas porque ele tinha problema no coração. Meu corpo radiava raiva o tempo todo e quando não, era tensão sexual por conta das situações que o Uchiha nos colocava.