CPPE - Narusasu

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— Ei... – Falei, começando a esfregar uma das mãos em suas costas para ele se acalmar. — Calma.

— Tudo bem. – Ele falou soprando as palavras e se afastou um pouco, sorrindo sem jeito enquanto secava o rosto.

Menma tinha razão, ele era muito lindo.

Sorri pequeno enquanto olhava a pontinha de seu nariz avermelhado e ele logo se recompôs, caminhando para perto de Izuna para comentar algo que eu não me importei em ouvir. Meus olhos estavam no homem mais alto de todos nós. Ele também já me encarava, mais sério que qualquer um ali.

— Tobirama. – Meneei com a cabeça e ele fez o mesmo.

— Menma. – Sua voz deixava claro que ele sabia que eu não era ele. — Podemos conversar?

— Ah não, eu quero ficar um pouquinho com ele. – Sasuke parou na minha frente quando eu ameacei a dar um passo, abraçando minha cintura como um coalha. Fui rápido em segurar seus braços e não os deixar descerem demais. Seria complicado explicar o porquê de estar com uma arma.

— É rapidinho, Sasu. – Tobirama sorriu pequeno para ele e olhou para mim de novo, perdendo o sorriso. — Só dois minutos, eu juro.

— Ok. – Ele parecia meio contrariado, mas me soltou. — Não demora, amor. – Se inclinou para perto de mim e selou nossos lábios rapidamente.

O choque foi um pouco pior de quando Sai fez isso. Meu cérebro embaralhou e eu quase não percebi quando Tobirama começou a me puxar, fazendo minhas pernas acompanharem seu ritmo. Ele me empurrou para dentro de uma das salas e fechou a porta, a trancando. Se virou para mim com os braços cruzados e eu pisquei várias vezes, tentando voltar ao normal. O albino semicerrou os olhos, me analisando de cima a baixo.

— À semelhança é realmente assustadora. – Ele disse, baixinho para que ninguém ouvisse. — Naruto, não é? – Me esticou a mão e eu ergui uma das sobrancelhas enquanto apertava a sua na minha.

— Sim, eu mesmo. – Nos afastamos de novo e ele voltou a cruzar os braços. — Já está ciente de tudo, então?

— Sim. A CPPE me mandou as informações por e-mail no momento que você entrou no avião. Sem contar que eu estava junto de Menma quando todas as coisas... Aconteceram. – Ele respirou fundo, olhando para baixo.

— O que... O que aconteceu? De verdade. – Pedi, mas não sabia se queria mesmo saber.

A imagem dele estraçalhado ainda permanecia em minha memória e eu não sei se realmente iria sumir algum dia.

Ele respirou fundo e comprimiu os lábios. Descruzou os braços e caminhou até o sofá que tinha ali, se sentando nas costas dele, já que o móvel estava virado para o outro lado.

— Fomos cercados e ninguém iria escapar. – Ele bagunçou os próprios cabelos e eu me virei para ele, totalmente desarmado, como ele também estava. — Sasu e Izu estavam desacordados. Bateram com muita força na cabeça deles e foi até melhor, assim eles acham que tudo foi apenas um pesadelo. – Riu fraco e apertou os lábios por algum tempo, até ter coragem de continuar. — Menma disse... Menma disse que ele ficaria para trás. Iria atrasá-los o suficiente para que eu conseguisse carregar os dois protegidos para longe, nos esconder até eles... Eles irem embora.

— Você ouviu tudo? Os gritos de dor? – Meus olhos estavam marejados, mas ele já chorava.

— Sim. – Engoliu em seco e depois colocou as duas mãos no rosto. — Queria muito ter feito alguma coisa, Deus como queria, mas...

— Não podia arriscar. – Completei. — Não podia deixar os dois à mercê de algo ruim acontecer. – Ele fechou os olhos e assentiu, parecendo destruído.