Bem devagar mesmo.

Quase bufei porque tinha certeza que mais de um minuto havia se passado e aquela joça ainda não tinha aberto completamente. Quando finalmente poderia passar, eu dei um leve sorriso ao porteiro e acelerei com força, querendo logo sumir dali.

Segui pelo caminho de carros mesmo tendo que girar em volta de um chafariz quando era visivelmente mais fácil atravessar a droga do jardim gigante. Tudo ali parecia exagerado demais e por um momento me amaldiçoei em ter aceito aquela missão.

Eu não levava jeito para essas coisas.

Quando desliguei o carro e sai dele, pude perceber uma movimentação nas janelas da casa. Franzi levemente os olhos, mas o que pude enxergar com o sol da tarde batendo na minha cara, foi apenas um homem movendo as curtidas com rapidez.

Achei ter reconhecido ele, mas não tinha certeza.

Meu sentido de alerta ativou e eu levei a mão até a arma no cós da minha calça, mas antes que realmente pegasse ela e fosse mirar na pessoa que estava lá, um grito atrás de mim me fez girar assustado.

— Aonde é que estava, Menma? Quer nos matar do coração? – Era um garoto baixo, com cabelos escuros. Seus traços eram delicados e eu só o reconheci, por conta de o cabelo ser longo. Era o tal do Izuna.

Pelo menos ele tinha chamado minha atenção antes de me ver tirar a arma.

Sorri meio nervoso, ajeitando a arma de novo antes de colocar a blusa por cima. Izuna sorriu de volta e veio até a mim, me abraçando apertado. Não retribui na mesma força, mas ele não pareceu se importar.

— Sasu estava quase arrancando os cabelos! Tobirama até tentou o acalmar, mas sabemos que ele só fica realmente calmo quando está na sua presença. Você precisa parar de dar esses sustos na gente! – Eu mal entendia o significado da enxurrada de palavras que ele jogava em mim enquanto ele me empurrava em direção ao casarão, mas tentava não demonstrar.

Logo na entrada, fui recepcionado por diversas pessoas que deveriam ser os empregados, ao julgar pelas roupas que usavam. Eles sorriram para mim, mas era visível que não eram tão verdadeiros assim.

— Boa tarde. – Cumprimentei todos num modo geral e eles repetiram baixo, em coro.

— Vem, precisa acalmar Sasuke antes que ele tenha um ataque. – Izuna me empurrou de novo, dessa vez em direção às escadas.

Não consegui ver direito como a casa era, seus detalhes e afins, mas as escadas foram impossíveis baterem despercebidas. Eram muitos andares, devia ter uns quatro. Degraus gigantes, que se eu não tivesse feito academia e treinamento militar, provavelmente teria desistido logo no quinto.

Assim que alcançamos o terceiro andar, Izuna me empurrou para um corredor. Reparei que ele gostava muito de me empurrar... E de falar também. Ele não ficou quieto nem por um segundo.

— MENMA ESTÁ AQUI! – Ele berrou no meu ouvido e eu grunhi, me afastando um pouco.

Ainda era estranho ser chamado daquele jeito.

Uma das portas daquele corredor se abriu numa velocidade quase desumana. Dois homens, um sendo o que eu vi na janela, saíram do cômodo e vieram em nossa direção. O de cabelos pretos eu já sabia bem quem era.

— Eu estava tão preocupado! – Ele falou choroso, se jogando em cima de mim, enrolando seus braços em meu pescoço e me apertando contra ele. — Não faz mais isso, por favor. – Sussurrou de uma forma que só eu pude ouvir.

— Desculpa. – Falei do mesmo jeito, levando um pouco de tempo para enfim abraçar sua cintura.

Sasuke permaneceu do mesmo jeito por alguns minutos e eu, sem saber muito como agir, deixei que ele escolhesse quando sair dos meus braços. Senti gotas molhando o meu ombro e ergui os olhos assustado. Não sabia que ele amava tanto assim o meu irmão.

CPPE - NarusasuUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum