Sixty | 60.

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KILLIAN SMITH

O ambiente começou a se encher com o cheiro forte de gasolina, o calor das chamas se aproximando cada vez mais. Eu sabia que precisava agir rápido antes que fosse tarde demais.

Com um último esforço, avancei em direção a Dave, determinado a neutralizá-lo antes que o fogo nos consumisse. Nossos corpos se chocaram em uma última explosão de violência, cada golpe desferido com a força de uma necessidade desesperada.

O tempo parecia desacelerar enquanto lutávamos no meio do inferno que ele havia criado, a fumaça espessa tornando difícil enxergar o que estava ao nosso redor.

- Você não vai ser cansar disso nunca? Quantas pessoas você vai ter que matar pra se sentir melhor? - desferir um soco em seu abdômen.

- Até eu vê você junto á seu irmão. - sentir meu estômago apertar com o golpe acertado por Dave.

Segurei seu corpo, arremessando contra uma caixa de madeira que estava próxima. A mesma se desarmou com o impacto causado pelo seu corpo.

De imediato, sentir meu corpo fraquejar. A fumaça estava tomando conta do lugar, minhas narinas estavam tomadas pelo cheiro forte.

Dave levantou ainda fraco e cambaleando. Tirei forças da onde não tinha mais, eu precisava sair, precisava lutar.

- Você não vai sair daqui, e pode ter certeza que vou levá-lo direto para o inferno. - Dave desferiu um soco em meu rosto, e desferindo um chute em minha perna esquerda.

Meus joelhos bateram direto no chão, amortecendo a queda. Ele pegou o canivete que estava próximo, e deu impulso nele, mas antes que pudesse perfurar meu corpo, segurei seu pulso, impedindo que o resto do canivete se cravasse no meu peito.

Com a força restante, segurei firmemente o pulso de Dave, lutando contra a dor e a exaustão que tomavam conta de mim. Com um esforço final, consegui desarmá-lo, fazendo o canivete cair ao chão em um clangor metálico.

Ofegante, olhei nos olhos de Dave, vendo o ódio refletido ali misturado com um brilho de loucura.

Dave afundava mais ainda o canivete, tentando cravejalo em meu peito. Não evitei em gritar com a dor da ponta do canivete sendo pressionada em meu peito.

Com um movimento rápido, rolei para o lado, escapando de um golpe que ele tentou desferir com o punho. A dor latejante em meu corpo era intensa, mas não mais forte do que minha determinação de acabar com aquilo de uma vez por todas.

Levantei-me com dificuldade, ignorando a dor lancinante que percorria cada fibra do meu ser.

Segurei sua cintura o jogando novamente no chão. Desferir socos em seu rosto até que ele ficasse desacordado.

Sair de cima do mesmo, colocando a mão em meu peito, aparando o sangue que ousava cair.

Com a respiração pesada e o coração batendo descompassadamente, olhei ao redor em busca de uma saída. Meus olhos se fixaram na porta do galpão, a única esperança de escapar daquele inferno.

Com um último esforço, arrastei-me na direção da porta, sentindo cada músculo doer e protestar contra o movimento. Estendi a mão trêmula para a maçaneta, mas antes que pudesse tentar abri-la, um estrondo ensurdecedor ecoou pelo galpão.

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