Forty Seven | 47.

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CALÍOPE MARINO

Killian se aproximou, os braços envolvendo-me suavemente. A música continuava no fundo, agora desempenhando o papel de uma melodia suave que ecoava o vínculo que compartilhávamos.

— Uma dança assim merece um final apropriado, não acha. — Killian sussurrou, inclinando-se para me beijar com ternura. Seus lábios encontraram os meus em um gesto carregado de significado, como se cada beijo selasse o momento que acabávamos de compartilhar.

[...]

O cenário íntimo da noite deu lugar ao silêncio aconchegante da manhã seguinte. A luz do sol começava a penetrar pelas cortinas, pintando o apartamento com tons suaves.

Ao acordar, percebi que Killian já havia deixado a cama. Deslizei os lençóis, envolvendo-me neles por um momento antes de decidir procurá-lo.

Ao caminhar pelo apartamento, a música suave que tocava revelou seu paradeiro. Segui o som até a cozinha, onde encontrei Killian concentrado na preparação do café da manhã.

— Bom dia, Boneca. — Killian cumprimentou, sorrindo enquanto virava as panquecas na frigideira.

— Bom dia. — Sorri, observando-o cozinhar. — E você, sempre fazendo panquecas para as suas convidadas?

Killian riu, virando-se para me encarar.

— Apenas para aquelas especiais. — Ele piscou, fazendo-me o fuzilar com o olhar.

Sentamo-nos à mesa, onde um delicioso café da manhã já estava disposto. Os aromas convidativos preenchiam o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora.

— Espero que goste. — Killian disse, servindo-me um prato generoso. — Não sou lá essas coisas na cozinha, mas... tentei.

— É... até que você tem bom gosto. — indaguei, o provocando.

— Não diga, você é a prova disso, querida. — piscou, deixando um sorriso travesso nos lábios. — Então, o que vai fazer hoje? — Killian questionou.

— Trabalhar, o que mais eu faria? Inclusive tenho que ir daqui á dez minutos.

— Sempre trabalhando, nunca um descanso?

— Não seja tolo, viajamos esse mês. E aproveitamos lá.

— Sim, de fato. Mas não como deveríamos!

— Era viagem de negócio! Não podíamos se divertir enquanto tinha trabalho.

— Tudo bem, resolvo isso depois! Termina o café e vamos para a empresa.

— Droga, como vou para empresa com a mesma roupa? Não tenho uma peça aqui. — suspirei frustrada.

— Não tem problemas, vamos agora em casa e você se troca.

— E seus pais? — perguntei.

— Meu pai já está na empresa, e nas sextas minha mãe vai ao mercado com a empregada pela manhã. Vamos aproveitar que a casa estará vazia. — Killian sugeriu, sorrindo.

Terminei meu café da manhã rapidamente, e Killian conduziu-me de volta para casa para que eu pudesse me trocar. Enquanto eu escolhia uma roupa do closet, ele permaneceu à porta, observando-me com um olhar de admiração.

— Você fica bem em qualquer coisa. — Killian elogiou.

— Flertando de manhã, Smith? — Brinquei, lançando um olhar provocativo.

— Apenas sendo honesto. — Ele respondeu com um sorriso travesso.

No caminho para a empresa, Killian compartilhou detalhes de alguns projetos em que estava trabalhando, e discutimos ideias animadamente.

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