VÍCIO PERFEITO

Fifty Eight | 58.

KILLIAN SMITH

Enquanto esperava ansiosamente por notícias de Calíope, me vi incapaz de ficar parado. O corredor do hospital parecia uma passagem interminável, cada minuto se arrastando como uma eternidade. Minha mente estava em turbilhão, relembrando cada momento que passamos juntos e rezando para que ela se recuperasse.

Com o coração apertado, me acomodei no chão frio do corredor, sem me importar com o desconforto. Eu precisava estar o mais próximo possível de Calíope, mesmo que fosse apenas fisicamente. Fechei os olhos por um momento, respirando fundo para tentar acalmar meus nervos enquanto esperava por qualquer sinal de esperança.

Três horas se passaram, cada segundo parecendo uma eternidade, até que finalmente um dos médicos saiu da sala de emergência. Meus olhos se fixaram nele, meu coração batendo com tanta força que eu podia senti-lo em minha garganta.

— Sr. Smith? — O médico se aproximou, seu rosto sério refletindo a gravidade da situação.

Me levantei rapidamente, esperando ansiosamente por qualquer notícia sobre Calíope.

— Como ela está? — Minha voz saiu em um sussurro rouco, mal conseguindo conter a ansiedade em minhas palavras.

O médico respirou fundo antes de falar, e meu coração parecia congelar em meu peito.

— Calíope teve muita sorte. Os cacos de vidro quase atingiram seu fígado e rim, mas conseguimos controlar os danos a tempo. Ela está estável agora e já foi transferida para o quarto do hospital. — O médico explicou, e um suspiro de alívio escapou de meus lábios.

Uma mistura de gratidão e alívio inundou meu coração ao ouvir as palavras do médico. Calíope estava viva, e isso era tudo o que importava.

— Posso vê-la? — Pedi, minha voz trêmula de emoção.

O médico assentiu, guiando-me pelo corredor até o quarto onde Calíope estava sendo cuidada. Meu coração batia com tanta força que eu podia ouvi-lo em meus ouvidos enquanto nos aproximávamos da porta.

Quando finalmente entrei no quarto, meu olhar encontrou ela, e um sorriso trêmulo se formou em meus lábios. Ela parecia tão frágil deitada na cama de hospital, mas ao mesmo tempo tão incrivelmente forte.

— Calíope... — Minha voz saiu em um sussurro, incapaz de conter a emoção em minhas palavras.

Me aproximei dela, segurando sua mão com cuidado como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Eu nunca me senti tão grato por tê-la ao meu lado, e prometi a mim mesmo que faria tudo em meu poder para protegê-la sempre.

— Vou deixá-los á sós. — O médico compreensivo, fechou a porta, deixando-nos sós.

— Achei que fosse te perder.... — encostei minha testa na dela, sentindo sua pele fria e gelada.

Enquanto eu me sentava ao lado de Calíope, mergulhado em meus pensamentos e emoções, meu telefone começou a vibrar no bolso. Tirei-o rapidamente e vi o nome de Ryle piscando na tela. Atendi imediatamente, esperando por qualquer informação adicional.

— Killian, em que hospital vocês? Como está a Calíope? Ela está bem? — A voz de Ryle saiu disparada.

— Estamos no St. Mary's Hospital. — Respondi. — Ela está estável agora. Os médicos conseguiram controlar os danos. Estamos no quarto do hospital. — Expliquei rapidamente, tentando manter a calma.