Octavia perdeu tudo que tinha e amava ainda muito nova, quando foi capturada pelas garras da cruel senhora da montanha e forçada a servi-la durante décadas. Mas a fêmea tinha um único objetivo, vingar aqueles que amava e libertar toda Prythian do co...
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Octavia olhou para curandeira que estava terminando de curar sua perna, que por sorte não ficaria com cicatrizes. Aquela parte estava fora dos seus planos obviamente, mas ideias como assim haviam risco imprevisíveis demais para se lamentar por um acontecimento. Seus olhos carmim encontraram Azriel sentada no sofá oposto, buscando qualquer machucado além do superficial que já havia se curado com a cura feérica acelerada, mas não havia. Os olhos deles não abandonaram em nenhum momento desde que havia atravessado, como se aquele laço ancorado no seu peito tivesse certeza que estava tudo bem.
— Tome isso, — Madja ofereceu um frasco quando finalmente terminou de curá-la, e Octavia bebeu como pedido. — vai lhe dar sono, então não estranhe. Deve tomar esse tônico para dor e tentar não fazer esforço pelos próximos dois dias, mesmo atravessar, fora isso a senhorita está bem. — Madja disse se levantando. Ela acenou com a cabeça quando se ajeitou no sofá, segurando o resmungo enquanto assistia à curandeira particular de Rhysand ser levada até a porta por Morrigan. Octavia buscou o olhar de Azriel novamente, eles não teriam saída além de contar o que andavam fazendo nas últimas semanas. —
Pela primeira vez naqueles quase seis meses Octavia deixou o escudo que criara entre o laço deles cair, não queria arriscar falar pela mente e acidentalmente Rhysand escutar quando por ali era muito mais seguro. Ela caminha pela ponte dourada opaca até o outro lado, acariciando a muralha que ele também havia construído.
Octavia tentou não rir com o leve susto do Encantador, que semicerrou os olhos na direção dela, então cedeu.
Não conte nada sobre o que o Entalhador de Ossos falou sobre mim, e nem o Satira falou. Disparou as palavras.
Não iria contar de qualquer maneira, mas você vai me dizer o que viu na mente dela. Octavia estremeceu levemente, não eram coisas no fim, mas ainda, sim, significava que precisava descobrir se o futuro de tudo realmente dependia dela. Ela enviou a imagem de um meio sorriso para ele.
Acho que o curioso aqui não é apenas eu, encantador.
Deve ser o convívio com você, carmim.
Octavia bufou antes de se afastar daquela ponte, ela gostava quando Azriel entrava em seus jogos.
Rhysand estendeu um copo com água para ela antes de sentar ao seu lado, sem esconder nem um pouco a curiosidade, não que algum dos demais estivesse tentando também. Ela se deliciou com água apenas por provocação antes de colocar o copo na mesa ao lado e cruzar os braços na frente do corpo.
— Eu gostava desse vestido. — falou por fim, fazendo bico. —
— Explicações, menina, queremos saber o que aconteceu e não se gostava ou não dessa roupa.
— Já disse para não me chame assim — exibiu os dentes, odiava ser chamada pela maneira que Amarantha se referia a ela. — Estava seguido a ordem de Rhysand, buscando informações sem ir para Hybern.
