Capítulo 9

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O batida sensual da música ditava o ritmo dos movimentos, as mãos outrora para cima passeavam pelo corpo enquanto assobios e gritos a rodeavam, os lábios de Octavia se curvavam para cima ao continuar, movendo-se no ritmo de cada música até que pre...

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O batida sensual da música ditava o ritmo dos movimentos, as mãos outrora para cima passeavam pelo corpo enquanto assobios e gritos a rodeavam, os lábios de Octavia se curvavam para cima ao continuar, movendo-se no ritmo de cada música até que precisasse de uma pausa. Octavia desceu do balcão em um pulo, pegando o casaco que tinha tirado em um dos pequenos espetáculos. Seus olhos varreram o salão por um instante, lançando sorrisos e piscadelas para possíveis acompanhantes naquela noite.

O feérico corposo que atendia todos do outro lado colocou o copo de cerveja na frente dela, que bebeu de imediatado. Os últimos cinco meses após os acontecimentos de Sob a Montanha tinham sido, em parte, daquela maneira: saído para beber e dançar e talvez encontrar alguém para levar para cama, como se pudesse encontrar... sentir a felicidade que as pessoas costumavam estamparem quando estavam ali.

Octavia não tinha ideia de como viver, o que era aproveitar a vida quando tinha sido privada de tudo muito cedo, vivendo apenas para se tornar uma arma. Ela estava apenas seguindo que a via a maioria fazer, na esperança que em algum momento começasse a ser feliz como elas pareciam. Não estava sempre ali, bebendo e se enrolando nos lençóis de alguém desconhecido, às vezes, sentisse tão exausta que passava dias ou semanas dentro do seu quarto, definhado até que raiva de si tomasse e fizesse voltar as ruas. Era um ciclo miserável e vazio, doloroso.

Tinha planejado cada momento até a morte de Amarantha, mas nada depois dela. Se fosse sincera consigo, queria está morta depois de tudo, para não precisar continuar sentido o vazio existente dentro de si. Daquela vez bebeu duas doses de whiskey seguida, sentido a garganta queimar levemente. Não queria pensar em como sua vida era, no mínimo, miserável, então continuou bebendo na esperança que o álcool fosse capaz de preencher o vazio por algumas horas.

Seus sentidos estavam totalmente confusos após o sétimo copo de whiskey, fora as cervejas que já tinha tomado. Ela dançava e ria embriagada no meio das pessoas, apreciando a vaga sensação de uma mente silenciosa e da felicidade falsa e passageira. Deixou ser conduzida por uma mão na sua cintura, aproveitou o calor do corpo estranho colado ao seu, dos lábios em seu pescoço. Octavia virou-se assim uma nova música iniciou; o macho não era feio, sua pele escura e olhos mel e o sorriso meio embriagado meio cafajeste faziam parecer uma obra esculpida.

O canto da sua boca curvou em malícia antes de colocar seus lábios. Algo, no fundo, dizia que era errado, mas Octavia apenas fundou o lado tolo e primitivo do laço quando apertou a mão do macho em um convite claro. Entretanto, quando deixou ser conduzida para fora entendeu o incômodo mais intenso, e mesmo que sua visão estivesse meio confusa devido ao álcool, podia reconhecer perfeitamente quem menos queria ver naquela noite, o Mestre-Espião de Rhysand, sentado em uma dos sofás com os amigos ainda menos queridos por Octavia.

Seus olhos fixaram nos dele por mais tempo que poderia parecer casual, os olhos quais sonhou na última década, que traziam algum... Negou com a cabeça, os olhos passando brevemente pelas outras duas, Amren e Morrigan. O Encantador de Sombras poderia até mascara seu desgosto por ela, mas aquelas ao seu lado faziam questão de mostrar o desdém e desaprovação pela decisão de Rhysand ao trazê-la ali. Não esperava ser recebida com beijos e abraços e pedidos de amizades, mas a situação com o círculo intimo de Rhys estava longe de ser algo ao menos decente.

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