Capitulo 1

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As labaredas serpeteavam para o alto, refletindo nos olhos de Octavia, que mantinha as emoções longe do rosto, lutando contra qualquer vestígio de emoção

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As labaredas serpeteavam para o alto, refletindo nos olhos de Octavia, que mantinha as emoções longe do rosto, lutando contra qualquer vestígio de emoção. O único indício de reação diante das chamas era sua mão envolta do cabo da espada com força. Entretanto, no meio da fachada um coração acelerava a cada estalo do incêndio, como um eco doloroso.

Ela tentava lembrar que era apenas uma ilusão criada por si, mas era difícil acreditar quando as lembranças do inferno reluzia na sua mente. Mesmo perturbada com a própria ilusão, manteve-se concentrada para que os soldados não descobrir seu plano, ou que o sangue escorrendo por seu nariz era devido a quantidade de poder usado durante aquele período.

Incapaz de permanecer mais um minuto diante das lembranças dolorosas do seu passado, Octavia deu as costas para ás grandes bibliotecas da Diurna, chamando suas criaturas — enormes cães ferozes e assustadores, a pelagem entre branca e cinza. Os olhos eram escuros como um vazio pertubador e bocas repletas de dentes afiados como lâminas. As patas fortes partiam os galhos, fazendo os soldados a seguirem para longe, de volta para Sob a Montanha. Porém, Octavia não queria voltar naquele momento, não quando a responsável pela dor profunda que assolava seu peito a esperava lá, com um sorriso que desejava arrancar todas às vezes.

Não precisou de muitas palavras para que os sentinelas seguissem de volta com as criaturas para Sob a Montanha, a deixando para trás. Octavia atravessou assim que teve certeza que ninguém estava perto, passando entre as dobras da existência por alguns segundo até surgir novamente no alto de uma montanha. Não sabia o que atraia até aquele conjunto de montanhas de topo plano de pedra vermelha que se curvavam na beira norte onde um rio desviava em sua direção e fluía para dentro de sua sombra. Talvez um ponto de paz quando olhava para o norte, onde montanhas diferentes com cadeias de picos afiados como dentes de peixe, que separava as alegres colinas do mar além delas. A montanha que estava, e as demais ao redor, eram gigantes adormecidos.

Ela sentou na beirada, deixando a brisa de sal e verbena soprar seu cabelo, e a neve fizesse parar de sentir parte do corpo... da dor, não sentisse nada, até que voltasse a ser nada. Octavia permaneceu ali por um longo momento, tentando decifrar o que existia entre as grande muralhas de pedra que atraíam tanto, até desistir, como das últimas vezes.

Atravessando outra vez, ela partiu para Primaveril, para conferir como estava o processo do Grão-Senhor, Tamlin, para conseguir uma solução da sua maldição. Como uma fantasma ela desapareceu nas sombras da mansão, silenciosamente percorrendo todos os cômodos até achar o macho de cabelos dourado e máscara que cobria quase todo seu rosto, junto a ele havia o emissário de cabelos longos e cobres, Lucien, e mais um guardar.

— Uma última tentativa, Tam. Três meses, é o tempo que temos até ela vir cobrar a maldição. — A máscara do emissário era de bronze, inspirada nas feições de uma raposa, e ocultava tudo, exceto pela parte inferior do rosto, junto a cicatriz cruel que Amarantha havia feito pela audácia do mesmo, a marcar que nem mesmo a cura feérica pode apagar iníciava da testa até o maxilar. Mas o olho que estava faltando tinha sido substituído por uma nova órbita dourada, entalhada. Octavia lembrava-se de seu estômago revirar quando assistiu Amarantha fazer aquilo, mesmo depois de ter presenciado muitas crueldades. —

Além Das Sombras | ᵃᶻʳⁱᵉˡWhere stories live. Discover now