EPÍLOGO

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Ano 2051 (Ano Terrestre)

Lyontus

Ver meus filhos já adultos, em seus trajes militares, me enche de orgulho. Eles estão diante de seus comandantes para receber o brasão da Ordem Militar. O que chamamos de iniciação, os humanos chamam de formatura. Tivemos um macho e uma fêmea fortes e paramos por aí. Após ver o tal "parto humanizado" e o quanto minha fêmea sofreu para trazê-los à luz, foi o suficiente para me dissuadir de qualquer ideia de ter mais filhos e optamos por fazer controle de natalidade. Meus irmãos e irmãs de clã que fiquem com a missão de perpetuar a espécie. Agora já sabem que é possível procriar com humanos. Eu e meu tio somos provas vivas disso.

Ao pensar nele, olho-o ao longe, junto de sua companheira. Samuel fez de tudo para encontrá-los e não tive como não ajudá-lo, mesmo sabendo que o irmão do meu pai era um desertor. Mas após conhecer minha Lúcia, pude entender os sentimentos que ele desenvolveu por sua companheira ao visitar a Terra e sequer posso culpá-lo por abrir mão de tudo para ir viver com ela lá. Quando os raça cinzentas os raptaram naquele voo, devem ter se arrependido até a morte por ter levado um guerreiro de Amanphire, porque Glyant lutou com todas as suas garras para salvar sua companheira no momento que despertou na estação de Zephyrus, onde viveram por muitos anos, até seu filho os rastrear até ali.

Não me surpreendeu que ele tivesse conseguido se manter seguro naquele lugar, uma vez que possuía vasto conhecimento e "amizades" que podiam lhe dar suporte. Então viveram como comerciantes, no ramo alimentício. Ao descobrir, não vi sentido em mantê-lo exilado sob uma lei arcaica e permiti que retornasse anos atrás, obviamente ele teve objeções para voltar e veio com a condição de retornar como civil, longe das obrigações do Supremo ancião. Fez questão, inclusive, de sair da linha de sucessão, o que ficou para Caelestis e seu companheiro, Samuel, uma vez que meus filhos optaram por ingressar na Ordem Militar e abdicar das obrigações da realeza.

Após a cerimônia, tomo a liberdade de "raptar" minha fêmea e levá-la a um lugar especial, onde preparei um pequeno chalé na área montanhosa, no decorrer deste último ano, com vista para o lago cristalino, de águas esverdeadas. O local é pequeno e aconchegante, mesmo não tendo todas as riquezas do palácio. É bem parecido com aquele onde a levei, quando estive na Terra, assim que seu corpo foi "curado", até mesmo a banheira ao ar livre foi reproduzida. Lúcia se esforça muito para ser uma companheira com status de anciã e sempre que consigo me abster das obrigações rotineiras, a levo para descansar. Só que agora é diferente, esse é nosso refúgio, é onde podemos ter um momento só nosso, sem preocupações.

— Minha deusa, Lyontus... É lindo demais...— ela me abraça feliz da vida, então corre para percorrer o espaço. — Você reproduziu aquele chalé ou deu seu jeito de trazê-lo para cá?! — ela me encara com um ar suspeito assim que apareço em seu campo de visão.

— Apenas reproduzi o que vi, mas não ficou totalmente igual...

— Como não? — ela me interrompe — É uma réplica perfeita!

Enquanto faço algo para ela comer na cozinha, ela explora o ambiente. Sempre que posso, faço questão de preparar refeições e alimentá-la pessoalmente. Após preparar a bandeja, subi para o deque onde fica a banheira. Lúcia está ali sentada, apreciando a noite, que aqui é diferente da que via na Terra. Temos um céu com uma eterna aurora boreal, que o deixa multicolorido à noite. Nossos dias são semelhantes, por vivermos sob a égide de uma estrela anã amarela e igualmente, um satélite apenas.

— Isso é meio que nostálgico, só faltou você nu na banheira! — ela sorri ao me ver pôr a bandeja sobre a mesa.

— Hum, não pense que não tenho minhas próprias intenções obscuras! — sorrio de volta e começo a tirar minha roupa sob seu olhar atento. — Eu nunca superei aquele dia, por não ter feito o que verdadeiramente desejei! — Aviso adentrando a água levemente morna.

Lúcia vem até mim e como daquela vez, acaricia meu ventre e então percorre do meu pescoço até o lóbulo, com a língua.

— É mesmo?! E o que você desejou?! — pergunta maliciosamente.

— Isso! — digo puxando-a para dentro e colando seu corpo contra o meu, enquanto a beijo vigorosamente.

— Uau! Foi isso que você desejou?! — ela questiona assim que lhe permito tomar um fôlego.

— Na verdade...— olho para seu decote agora molhado e transparente, já que ela trocou a roupa por algo mais leve e com o indicador percorro todo o contorno protuberante de seus seios — Eu queria ter feito isso...— digo puxando seu decote para baixo e expondo aquelas maravilhas sob a luz do luar. Trago-a mais junto a mim e os provo, dando leves mordiscadas em seus bicos.

— Foi isso que desejou?! — ela volta a me indagar em um ofego sofrível, assim que enlaço sua nuca e a chupo com um pouco mais de rispidez.

— Oh, não apenas isso! — falo rasgando sua calcinha, o pequeno entrave que me separa do que realmente busco.

Encaixo-a em meu falo em riste sem quaisquer preocupações, porque sei que ela está pronta para mim. Seu gemido de prazer é música para os meus ouvidos e o modo como ela agarra meu cabelo assim que começo a estocá-la me faz querer dar-lhe ainda mais prazer.

— Era isso! — sussurro em seu ouvido assim que ela tem seu primeiro orgasmo.

— Sabe, você é irritante, às vezes, mas eu te amo! — Ela me olha calmamente com um olhar de aprovação e então me beija.

— Não há outra fêmea nesse mundo que eu ame mais do que você!

Cuidar e dar prazer à minha fêmea é tudo que importa para mim. Sou capaz de abdicar da minha vida por ela. Aprecio seu prazer com calma e sem pressa, deixando que ela esteja totalmente satisfeita, então a deito na parte macia do deque e volto a penetrá-la, dessa vez buscando o auge do meu próprio prazer. Como sempre acontece, ela ainda consegue vir junto, num último esforço do seu corpo, antes de sucumbir totalmente exausta. Minha semente quente inunda seu canal, enquanto nos abraçamos e sinto seu aperto em meu membro.

— Só para constar, pedi para sua irmã cessar nosso controle de natalidade! — só não salto para trás com a novidade, porque ela me detém sob seu agarre — Fique calmo querido, prometo não te traumatizar com outro parto humanizado. Vai ser do seu jeito dessa vez! — ela ri enquanto vai apagando em meus braços.

Maldita Caelestis! Onde está o amor fraternal?! Por que não me avisou disso?!
A amaldiçoo em pensamento.

Ela tem sorte por estar gestando ou iria lançá-la no abismo mais próximo e deixar meu cunhado viúvo.
Bom, o que está feito, está feito. Após uma devida higiene, trago minha fêmea para a cama e dormimos abraçados, como tem sido praxe todos os dias.

Logo pela manhã, acordamos sobressaltados com um chamado urgente da corte. Como sei que é algo muito importante?! Bom, deixei esse único canal de comunicação para emergências. Ninguém estava permitido me comunicar se não fosse algo relevante. Definitivamente, isso é algo que merece minha atenção.

"Senhor, a rainha de Alfa-Centauri solicita uma audiência!".

— Problemas?! — Lúcia questiona com um bocejo.

— Vamos descobrir...

Fim?!

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Sei que demorei muito para entregar essa obra. Foram muitos percalços até aqui.
Não foi um final com o hot que desejei, mas enfim...
Fiz com muito carinho pra vocês! Agradeço o apoio e paciência!

Beijos! ❤️🥰😍😘

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