⚠️ A ordem dos capítulos foi desorganizada pelo o wattpad, peço que antes que comecem a leitura, visualizar a numeração do capítulo. ⚠️
" Me desculpa por tudo que eu te fiz passar, era meu jeito torto de amar "
Mariana Lima.
Duas semanas e finalmente recebi alta desse lugar entediante. Eu estava quase surtando de ficar nesse lugar.
- Vem eu te ajudo. - Agnes me pega pela cintura me ajudando a levantar e eu dou risada do enorme cuidado que ela estava tendo comigo. - pega as coisas dela aí em cima, Matias! - Md corre pegando as coisas e eu rio, mas paro ao sentir uma pontada na barriga.
- Eu consigo. - sorrio de lado pisando no chão. Respiro fundo evitando me olhar no espelho do quarto. - Vamos? - eles concordam e saímos do quarto. Assino minha alta e se retiramos do hospital.
Dona Vilma não estava, foi com o Lucas e a Carol ver o sexo do bebê. Madrinha ficou em casa, fazendo o almoço para a gente. E o Caio? Eu não sabia.
Agnes me ajuda a entrar no carro, no banco de trás. Me acomodo mostrando conforto pra ela que me olha sorrindo. Fecho a porta e pego meu celular. Mexo o caminho inteiro, eu estava estranha. Parecia que tudo em mim, tinha mudado.
Ao chegar, Md para o carro em frente á casa da Dinda. Ele tira as coisas do porta mala enquanto a Agnes me ajudava a sair do carro.
- Que cheiro bom. - sorrio ao sentir o cheiro de comida fresquinha, comida de verdade.
Entramos na casa da Dinda que me recebe sorrindo e me enchendo de beijos e abraços.
- Como esta se sentindo?
- Fisicamente bem. As vezes dá uma pontada, mas o medico disse que é assim mesmo. Depois de um mês que começa a melhorar! - ela concorda, colocando o pano de prato no ombro e indo para a cozinha.
Me sento no sofá vendo o Md entrando com as minhas coisas. Deixando no canto da sala.
- Md chefe. - chamo ele que se vira. - Obrigada!
Ele sorri, vindo até mim fazendo um toque.
- É nois branquela. - ele pisca e eu dou risada. - ficar aqui até a gravidoida chegar, tô doido pra saber o sexo do bebê.
- Eu também. - Agnes se senta ao meu lado. - Vocês acham que é o que?
- Menina. - Matias e eu respondemos juntos.
- Acho que é menino, Matteo. - Agnes sorri de lado.
Ficamos conversando, minha cabeça ia se distraindo. Tirando todos os pensamentos ruins da mente.
- O Caio, cadê? - pergunto estranhando sua ausência.
- Quando fomos te buscar lá no hospital, ele tava lá na boca resolvendo uns bagulhos. - concordo ficando quieta.
Fiquei no hospital duas semanas, e quantas vezes o Caio me visitou? Uma.
- Família! Chegamos. - Carol entra sorrindo. Ouço a risada gostosa da Dona Vilma e sorrio automaticamente com a felicidade deles.
Madrinha corre para a sala.
- Eai, o que é? - Agnes pergunta. Carol abre a boca pra responder mas não diz nada.
- Cadê o meu irmão? - questiona não vendo o Caio.
- Vou ligar para ele. - Md sai da casa e eu suspiro.
O afastamento. A culpa.
Esse era o motivo do Caio não estar aqui agora.
Minutos depois, Md passa pela porta acompanhado por ele.
- Tô aqui já, po falar que minha Maite tá vindo. - todos nós sentíamos que sería uma menina, a não ser a Agnes e o Md. O Caio mesmo, era o que tinha mais certeza, ia falar com a barriga da Carol e chamava a "Maite" sem nem saber se é menina.
- Sim, Caio. Sua Maite está vindo. - Carol sorri acariciando a barriga.
- E o Matteo também. - Arregalo os olhos surpresa assim que o Lucas fala. Todos nós estávamos surpresos. Dois filhos. Uau.
- Meu deus... Que maravilha! - Madrinha abraça a Carol fortemente, desejando parabéns e saúde para os bebês.
- Meu deus, logo dois de uma vez..- Matias comenta colocando as mãos no peito. - agora entendi porque a gravidoida tá doida. Tetê e Teteo. - não me aguento e caio na risada.
- Você é péssimo com apelidos. - pisco pra ele me levantando com cuidado. - meus parabéns, que Deus abençoe a união de vocês e que esses bebês venham com muita saúde! - abraço os dois sorrindo.
Eu estava muito feliz por eles. Crianças são bênçãos. Mesmo sendo atentadas.
- Obrigada, Mari. - Lucas agradece.
- E você, como está? Cheguei tão ansiosa para dar a notícia que nem te perguntei.
- Tô bem. - Carol me olha desconfiada, mas não protesta.
Depois de muito conversar sobre os bebês, subo para o quarto da Agnes para poder tomar um banho e ir almoçar. Encosto a porta e tiro minha roupa me olhando no espelho do quarto.
Iria ficar uma cicatriz feia. Levei sete pontos, e vou tirar daqui quatorzes dias ainda.
Respiro fundo e entro no banheiro tomando um banho quente. Após acabar, me troco vestindo um vestido solto. Saio do banheiro penteando meu cabelo e me assusto ao ver o Caio sentado na cama de cabeça baixa.
Deixo a toalha na porta do banheiro e a escova de canto e me sento ao seu lado. Em silêncio.
- Aquele dia, no hospital, você me perguntou o que a gente era. - Caio me olha e eu me recordo perfeitamente da minha pergunta e da sua resposta. - e eu cheguei á uma conclusão. De que é melhor, a gente ser só colega.
Fico quieta, assimilando a sua ideia horrível.
- Que merda de conclusão é essa? Tá chapado? - bato fraco na sua cabeça.
- Papo reto, Mariana. - ele levanta e eu respiro fundo. - nois dois juntos não dá certo não. Tu só sai machucada.
- Foi você que me machucou? - pergunto e ele fica calado. - não.
- Mas a culpa é sempre minha! - nego com a cabeça. - é sim.
- Não, não é, Coringa. - me levanto devagar ficando frente a frente com ele.
- Você quer sempre me defender. Não quer me colocar em uma posição de culpa, mesmo eu tendo.
- Você quer que eu te culpe? - digo irônica olhando no seus olhos. - certo. Você é o culpado de tudo isso, Coringa! - bato fraco no seu peito. E ele segura meus dois pulsos.
- Não foi convisente. - ele aperta meus braços fracos me puxando pra perto.
- Deve ser, porque não era pra ser. - me solto dele. - Se continuar nessa confusão absurda de nunca saber o que quer, vai perder coisas. - abro a porta do quarto derrubando o Md. Arregalo os olhos vendo a cena. Agnes que estava escorada na parede disfarça rindo. - Que merda?
- Te falei que era uma péssima ideia. - Agnes ajuda ele á levantar.
- Mas a ideia foi sua... - reviro os olhos.
Os dois começam uma briguinha boba e desço as escadas indo para a cozinha.
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Música do início do capítulo:
VIDA - HENRIQUE E JULIANOMaratona (2/5)
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Para sempre você.
Teen Fiction- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de possibilidades fascinantes, onde duas pessoas se reencontram após 15 anos e estão dispostos a dar a vida um pelo outro. Com certeza, esse reen...