Capítulo 36

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Luiza Catarina

Depois de algumas horas no salão, fui para minha antiga casa pegar algumas roupas. Arrumei uma bolsas ouvi algumas vozes entrando na minha casa.

-Meu amor.- Ouço a voz da minha progenitora e no mesmo instante me escondo embaixo da cama.

-Oi.- A vez de responder foi o James.

-O que aconteceu, querido?- Ela pergunta se fingindo preocupada e os dois entram no meu quarto.

-Nada, mas por que essa cara?- Ele parece mais preocupado do que ela.

-Você acha certo isso?- Ela olha para ele. -A menina que o Fernando tá é filha do Luigi!

-Eu não vou votar para matar a filha do meu melhor amigo. Ele morreu por culpa de outras pessoas e nem sequer teve o direito de se despedir da filhinha. Então meu voto é não!- Ele diz convicto.

-Amor.- Fala toda manhosa e sinto ânsia de vômito. -Essa menina é um problema.- Ela se agarra nos ombros dele.

-Porque ela é um problema?- Ele se afasta olhando o meu quarto.

-Porque ela já está se metendo em lugares que não foi chamada.

-Que lugares? Késia, eu tô cansando de lutar por nada. Você nunca me diz nada e ainda tem a audácia de querer que isso continue? Você me conta agora o que essa menina tem ou eu levo pro conselho o seu nome!- Ele ameaça ela e sinto um frio na barriga, acredito que seja uma onda de adrenalina.

-Fala agora!- Ele continua olhando friamente para ela.

-Ela foi a criança que eu não matei!- Ele arregala seus olhos.

Vejo ela abaixar a cabeça e no mesmo instante escuto e vejo o tapa que ela levou.

- QUAL O SEU PROBLEMA? TANTA GENTE PRA VOCÊ SER UMA PUTA TINHA QUE SER COM O MEU MELHOR AMIGO?

- Desculpa... - Fala olhando para ele fazendo cara de triste.

- DEIXA DE SER ESSA VADIA. HÁ ANOS VOCÊ NÃO ME ENGANA COM SUAS CARINHAS TRISTES. - Ele respira fundo. - Ela é a Luiza ou a Brenda?

- Brenda foi um nome que o Fernando deu pra ela, ela é sim a Luiza. - Termina de dizer e ele dá outro tapa.

- Eu não vou ajudar a matar a mulher que o meu filho ama. Assim como fizeram com a minha! - Ele diz e se afastando pra sair.

- Por que não conta que você destruiu a vida da mãe dele? Por que não conta que tentou matar sua agora esposa quando era criança? Agora você trata ele como filho, sendo que a NOSSA você simplesmente ignora. Ele não é seu filho! - Ela termina de falar e vejo ele voltando e dando outro tapa nela.

- O Fernando nunca vai saber disso e você não é louca de falar para ele! Meu voto é não, eu quero a menina viva.

- Por que quer ela viva? - Dessa vez ela parece uma criança birrenta.

- Vou te falar 3 motivos: um, ela é filha do meu melhor amigo que está no céu; dois, eu não odeio ela por a mãe dela ser uma vadia; e terceiro, só ela consegue controlar o Fernando!

- Como assim controlar o Fernando?

- Eu nunca vi ele tão calmo na minha vida! O Fernando explode do nada, ameaça todos por nenhum motivo e, o principal, ele gosta de ver pessoas implorando para viver à beira da morte antes de tirar a vida delas de maneira lenta, mas desde que a Brenda, ou melhor dizendo, Luiza chegou, ele anda bem diferente.

- Só quer ela viva porque deixa a fera mansa?

- Porque ele ama ela! Todos os homens só amam uma mulher na vida, as outras são só outras. Eu perdi a mulher que eu mais amava no mundo. - Ele segura o rosto dela. - Ela era única, mas... - Ele começa a apertar o rosto dela. - Sua irmã gêmea matou ela. - Ele diz e solta o rosto dela.

- Foi um acidente! - Ela diz convicta.

- Não, não foi e você sabe disso. Eu só aceitei casar com você porque você tem o mesmo rosto que ela, mas você nunca será ela. - Ele diz e sai logo após sua  esposa também sai.

Não sei porque, mas senti um pouco de pena dela. O Fernando me disse para nunca ter nenhum pingo de afeto por ela, mas agora eu sinto pena. Realmente parece ter sido uma vida difícil com esse marido.

Pra ela aceitar essas agressões dele, ela teve que querer algo. Tenho certeza, e mesmo depois de apanhar, ela continua de cabeça erguida. Sinceramente, não sei se aguentaria tudo isso que ela tá passando.

Tudo estava ótimo até a merda do meu celular tocar e, em poucos segundos, o casal estava no quarto.

- Sai daí, garota. Acabei de ver você! - O James diz assim que chega no quarto.

Saio debaixo da cama com uma cara de cachorro quando apronta. Minha progenitora me olha com nojo e o homem apenas me encara sério.

- O que você faz aqui? - Ela pergunta.

- Eu que te pergunto o que você faz aqui? Essa casa é minha, eu não tenho que dar satisfação pra ninguém, muito menos pra uma vadia como você! - Fala sorrindo falsamente para ela, que continua me olhando com repulsa.

- É assim que se fala com sua mãe? - Ele fala com um sorriso estranho no rosto.

- Essa demônia não é minha mãe! - Falo com todo o ódio que sinto por ela.

- Não me chame assim! Me respeita, sua bastarda ridícula.

- Ou o que? Vai me matar como matou o meu pai? - Digo e o homem à minha frente abre os olhos surpreso.

- Não diga coisas que não sabe. - Ela olha para ele e depois para mim, visivelmente nervosa. - Não acredita nessa mentirosa.

- Conte mais, menina. - Ele olha para ela e depois para mim.

- Pra que quer ouvir essa bastarda? - Ela entra na minha frente e pega na mão dele. - Vamos pra casa, está na hora do kme. (Se pronuncia kam)

- Não, eu vou escutar a menina. - Ele puxa a mão. - Saia da frente.

- Kme é uma parte do ritual bizarro de vocês? - Pergunto, os dois me encaram e eu abaixo a cabeça, querendo rir da situação.

- Tá vendo, ela não sabe de nada, tá vendo...

- Vamos fazer uma troca, menina. - Ele ignora sua esposa.

- Que troca? - Pergunto interessada.

- Você me diz tudo que sabe e, em troca... - Ele puxa a Késia. - Te dou ela pra você fazer o que quiser! - Ela olha pra ele de um jeito diferente.

Não sei, mas sinto que seu olhar não é mais da mesma pessoa que estava a segundos atrás aqui. Era diferente, era vazio.

- E se eu não quiser ela?

- A única coisa que te interessa e eu tenho é ela e te dou um bônus.

- Bônus?

- Sim, te coloco no conselho e só vai precisar matar ela. - Ele aponta com a cabeça. - Mas se não quiser matar ela, conheço alguém que quer muito.

- Quem?

- Dominic! Ela matou toda a família do Dominic, sua mãe, seu pai e seus dois irmãos. - Ela abre um sorriso diabólico quando ele termina de falar.

- E foi muito gostoso! Ver o irmãozinho dele gritando enquanto eu gravava, apenas porque ele não quis trair o Fernando e matar ele pra mim. - Ela lambe os lábios.

- Eu aceito. O Dominic vai adorar o presente! - Seu olhar muda e agora ela parece estar com medo.

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Pode conter erros ortográficos.

Eu esqueci de postar ontem e me desculpem pelos capítulos ruins prometo tentar melhorar.

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