CHAP - 17

39 15 38
                                    

Capítulo 17

AS RESPOSTAS APÓS UM FESTIVAL

Abaixo dos meus pés a areia fina entre meus dedos

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Abaixo dos meus pés a areia fina entre meus dedos. Era macio, morno, suave e delicado. Respiro o cheiro de água salgada , a brisa que corre entre os fios dos meus cabelos e pouco a pouco meus olhos inundam no horizonte sem fim bem a minha frente. O vasto azul encantava, enquanto as ondas quebravam na costa, formando a delicada espuma branca, que mais pareciam as rendas de um vestido. O canto do mar me trazia paz, calmaria e serenidade, algo que a muito tempo não sentia.

Comecei a caminhar lentamente sem rumo, apenas sentindo areia agora úmida e a água gelada que chegava a minha pele e voltava para imensidão azul. Onde eu estava? Era um sonho? Desmaiei? Estou em coma? A última coisa que me lembrava era de estar indo encontrar a Circe, para ir atrás do Erick. iríamos tentar entrevistá-lo, para saber mais sobre os casos criminais.

Será que está tudo bem? me pergunto e me agachei para pegar uma delicada conchinha que estava bem desenhada e fixa na areia molhada.

É bom a serenidade, não é? a voz ecoa familiar e suave. Levanto o rosto para ver a pessoa mas o sol vai de encontro ao meu rosto, até que ergo minha mão para fazer sombra e me surpreendo com a imagem.

A pele clara com um leve rosado nas bochechas, os cabelos dourados levemente bagunçados pelo vento. Os traços do rosto, eram finos, olhos bem redondos e desenhados, íris tom de mel e cílios grandes. Aquelas características, reconheceria em qualquer lugar. Quem estava à minha frente, era eu mesmo. Minha imagem idêntica, tal qual um reflexo. Meus sonhos estão mudando e não faço ideia do que isso possa significar. Os lábios abrem um pequeno sorriso espontâneo e me sinto ainda mais estranho com o que estava diante de mim. Até porque, a última coisa que estava pensando agora, era em sorrir. Me levanto, limpo minhas mãos na bermuda e o ignoro seguindo para o caminho em frente, sem rumo. Desejando apenas acordar.

Não precisa ser ríspido ele diz e vem atrás de mim.

Primeiro pesadelos desde a infância, vi todos os horrores que possa imaginar, agora tenho que ver meu gêmeo ou seja lá o que você for? respondo continuando meus passos.

Somos um só ele segura minha mão e me para Eu existo dentro de você, não existe separação.

Suspiro em cansaço desse jogo sem fim. Não aguentava mais não ter respostas, não aguentava mais ter medo de mim mesmo. Não consigo me ver, não consigo me entender. Cheguei até mesmo me sentir aliviado com a ameaça do Dylan, talvez seja mais fácil esperar a morte me abraçar e terminar com tudo isso.

Eu realmente não me importo, se não está aqui para me dar respostas, melhor desaparecer ou apenas fazer um novo pesadelo, consigo lidar melhor do que esse fingimento de calmaria, que não existe - respondo com os olhos tensos e raivosos.

O que existe entre nós ⚣Where stories live. Discover now