CHAP - 18

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Capítulo 18

UMA APOSTA NECESSÁRIA

Não sei se o que estou fazendo é certo, mas foi a primeira coisa que pude pensar assim que soube da notícia sobre Alice

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Não sei se o que estou fazendo é certo, mas foi a primeira coisa que pude pensar assim que soube da notícia sobre Alice. Falar com o Peter sobre isso era inviável, nossa convivência não seria a mesma depois do que aconteceu e ele deixou bem claro, sua opinião sobre minhas ações. O beijo foi inesperado, mas não foi ruim, pensar no meu melhor amigo como homem, me trazia sensações novas que nunca tinha sentido, mas ao ter isso de forma mais consciente me trazia outras coisas, tanto boas quanto ruins. No entanto, não quero pensar nisso agora, tenho outros tópicos para resolver, começando com minha memória e terminando com os casos de Roots.

No bloco de anotações, escrevi que na noite anterior eu fui ao festival e o plano era encontrar Erick com a Circe. Iríamos interrogá-lo e buscar pistas sobre o caso Thalita. Na minha memória isso não chegou a acontecer. Algo aconteceu antes de encontrá-lo e voltei para casa, mas eu anotei algo mais no meu bloco e é isso que me trazia aqui. Paro em frente ao estranho e isolado lugar. Era um ambiente proibido e que todos os pais de Roots odiavam. PigBoo. Era um cenário completamente diferente da vida familiar da cidade, não existia nada ali que fosse acolhedor, muito menos tranquilo. Estacionei o carro, olhei em volta um pouco sem jeito e não demora muito para eu ver o mustang preto um pouco mais distante. O que queria dizer que a sorte estava do meu lado e encontraria o Dylan.

O fliperama se revela sob a luz fraca de um poste de luz próximo. Tinha um letreiro em neon azul piscando em um ritmo estranho, mostrando exatamente onde eu estava me metendo e não era algo muito bom. O muro era escuro e desgastado com alguns poster de bandas. Maioria de rock , com músicos de roupas escuras, piercings e tatuagens sendo um padrão entre eles na publicidade barata. Tinham poucas pessoas do lado de fora. Um grupo de homens barbudos fumando e me olhando de cima a baixo, o que me deixa um tanto desconfortável. Uma mulher de lábios vermelhos bem marcantes e unhas postiças estava rindo livremente com uma garrafa de cerveja na mão e com outras duas mulheres. Não queria voltar, por mais desconfortável que o ambiente fosse para mim. Estava determinado, então sem demora fui em direção a entrada, onde um homem alto, musculoso e careca, me encarava com uma expressão nada simpática. Ele estava escorado no muro, vestia uma regata mostrando bíceps chamativos e uma enorme tatuagem tribal que lhe cobria todo o braço.

— Boa noite - a voz rouca se faz presente, junto com um braço que se coloca a minha frente, me impedindo de seguir - Posso saber quem é você?

— Preciso dizer? - me viro para ele e respondo simplista, não acho que mostrar vulnerabilidade ali seria uma boa ideia, preferi ser mais firme com as palavras.

— Sim, porque conheço todos os rostos desse lugar, mas o seu - o desconhecido segura meu queixo, pressiona levemente e começa uma estranha análise do meu rosto - O seu eu lembraria facilmente.

— Estou apenas de passagem - me solto e tento mais uma vez avançar em direção a porta.

— Ninguém nunca está aqui de passagem loirinho - ele sorri - Se tentar qualquer gracinha por aqui, você paga em dobro por sua piada.

O que existe entre nós ⚣  [Concluído]Where stories live. Discover now