Levi, um rapaz que retorna à sua cidade natal, Roots, após anos de ausência. Ele está de volta não por saudade, mas para desvendar o assassinato de uma jovem, chamada Thalita, que abalou a pacata cidade. Mas Roots é um lugar de segredos e sombras, e...
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Abro os olhos devagar, observo em volta, vejo o teto rústico de madeira sobre minha cabeça. Uma janela com uma cortina clara, mostrando uma manhã intensa, com os raios de sol cruzando o cômodo. A paisagem era de uma floresta, com árvores altas e um céu azul. Eu sabia onde eu estava, não apenas pelo ambiente, mas pelo o que posso me lembrar do que aconteceu. Me sentei na cama, passei as duas mãos no rosto, sentindo o cansaço me atingir. Acabei de acordar, mas parecia que o descanso ainda não tinha chegado em meu corpo. Me levanto finalmente para ir em direção a porta, mas ao passar por um grande espelho na parede, me detenho a continuar.
- Eu... estou machucado - me aproximo do reflexo e vejo o corte do meu lábio. Procuro então mais marcas e vejo um roxo na costela. Não era muita coisa, mas Dylan conseguiu me ferir, isso provava o quanto não humano ele era. O que complicava muito as coisas agora.
Sinto o cheiro de comida no ar e vou me guiando pela tentação. Meu estômago ronca e sem demorar mais, saio do quarto, encontrando o Peter na cozinha, vestindo uma calça azul como pijama e um robe como conjunto completamente aberto. Aparentemente em casa, ele gosta de se sentir confortável. Penso comigo mesmo e ficando um pouco inquieto com a imagem, que me fez lembrar brevemente do beijo que demos no meu quarto.
- Pensei que demoraria mais - diz ele ainda com atenção a frigideira, enquanto me sento à mesa.
- Pesadelos - respondo pegando algumas uvas que estavam dispostas em um refratário.
- Como está se sentindo? - finalmente ele se vira, me servindo o bacon e os ovos mexidos. Mostrando mais de perto o peito largo e o abdômen definido, mas por mais tentador que seja, estava com foco também em outras coisas mais importantes, como com o que aconteceu após eu sair da delegacia.
- Estou bem, mas.... - olho um lado e outro com um pouco de receio sobre o que eu ia falar e como iria falar.
- Meu pai não está - ele sorri e senta ao meu lado - Pode falar.
- Como está ... tudo?
- Mandei mensagem para Circe, avisando tudo a ela e ela disse que cuidaria da sua mãe efiltrar os comentários que ela iria receber sobre o quê aconteceu e disse que assim que possível, você estaria de volta em casa e quanto ao Dylan, ele está preso, até conseguirem provas da sua acusação.
- Certo... - respondo, mas penso se ele não fez nada ate agora para fugir. Uma cela não segura-lo.
- Não parece satisfeito
- Eu só estou cansado, mas preciso que me dê algumas respostas
- Se eu puder - diz Peter, dando um gole no café e se virando para mim prontamente