— Ineveja mata. — A azeda responde e quem se irrita agora sou eu.

— A última coisa que a minha irmã vai ter de tu é inveja, parceira. — solto a fumaça do baseado na sua cara. — mete o pé daqui azeda.

Ela passa por mim esbarrando propositalmente no meu ombro, me fazendo segurar seu pulso com força.

Não dá pra dar moral pra feia, elas comecam a se achar bonita.

— Da próxima vez que você pensar em esbarrar a merda desse ombro em mim denovo, eu faço você ficar sem. — ela me olhava com medo e concordando rapidamente com a cabeça saindo. — Tá fazendo o que aqui Carolinne? — cruzo os braços olhando pra sua cara de sinica.

— Eu quem te pergunto isso, Caio. Você não ia trabalhar? — debocha rindo.

Essa menina ainda vai levar uma surra feia por causa desse deboche idiota, e nem vai ser eu que vai bater.

Antes de responder ela, Lucas chega a abraçando por trás me fazendo estranhar a aproximadamente dos dois.

— Veio ver o pai jogar né, gata?

Gata?

Carolinne revira os olhos tirando as mãos do Lc de volta do pescoço dela e jogando seu cabelao pra trás batendo na cara dele.

— Caralho, essas moscas estão enchendo o saco ultimamente! — sorri de lado. — fica um zumbino chato no ouvido. — coça o ouvido fazendo o Lucas fechar a cara e eu cair na risada.

— Te fude, Carolinne. — Lc empurra seu ombro fraco. — vai trocar de roupa pra nois jogar o próximo jogo, cuzao.

Concordo saindo dali e indo até o barzinho, pegando o uniforme e indo me vestir.

Jogamos o primeiro jogo e ganhamos. Estávamos se aquecendo para o segundo.

— Teu celular tá tocando parceiro. — Lc me olha sorrindo já entregando o celular. — Atende tua mina aí pra nois ir jogar. — da um tapinha no meu ombro e sai indo pro campo.

Atendo e batemos uma conversa rápida. Ela pediu para mim ir lá, fiquei até meio assim, Mariana me chamando pra conversar? É até de se estranhar.

Nem jogo o segundo tempo, menti que tava sentindo uma dor no joelho e sai do campo. Subo correndo pra ir pra casa tomar um banho e ir me arrumar. Assim que acabo, fico meia hora me olhando no espelho para ver se eu estava bonito. O que eu estava, era claro.

Pego minha moto e desço a milhão indo pro Leblon, passo na pizzaria e peço uma pizza de quatro queijos metade frango catupiry, a melhor né, enquanto não ficava pronta rodei os mercados por perto para poder comprar um chocolate branco da Galak para a feia. Sempre foi o favorito dela.
Compro e passo na pizzaria pegando meu pedido, e vou direito pra casa dela.

Bato na porta, e escondo uma mão atrás das costas segurando o simples chocolate, e a outra mão segurava a caixa de pizza.

— Olha só Mariana, não sei se tu ainda gosta dessa porra. Mas eu espero que sim, rodei os mercados do Leblon todo pra ver se eu achava. — exagero um pouco tirando a mão das costas e a entregando a sacola com o Galak.

— Meu Deus, você lembra. — um sorrio perfeito aparece em seus lábios, me fazendo sorrir aliviado.

— Não é de hoje que te conheço. — pisco pra ela e entro na sua casa indo para a cozinha.

— Muito obrigada, Caio. — agradece apos trancar a porta e vir me seguindo. — De coração! — me viro pra ela depois de deixar a pizza na mesa e ela me abraçar fortemente. — vamos comer agora, tô varada de fome. — se afasta abrindo a caixa. Solto uma risada pela sua afobação.

Sentamos na mesa e começamos a comer, sem pegar pratos ou garfo e faca.

— O que queria conversar comigo? — pergunto após morder um pedaço.

— Você tem a ficha limpa, não tem ? — concordo com a cabeça. — O que vai fazer no dia 10 de agosto?

Tento caçar algo que marquei esse dia e falho.

— Nada.

— Hum. — murmura comendo. — Minha formatura vai ser esse dia! — ela me olha seria me fazendo prestar atenção. — queria saber se você aceitaria ser meu par, entrar comigo e enfim.

Fico surpreso pra caralho, pisco diversas vezes para ver se eu ainda não estava deitado na minha cama, sonhando.

— Olha, se você não querer aceitar esta tudo bem. — ela se apressa ao falar me fazendo engolir seco. — eu irei entender, não quero te forçar á nada.

— Quero.

— Caio... Você tem certeza? — me pergunta com dúvida e eu sorrio.

— Lógico que sim, Mariana. — ela sorri aliviada.

— Pode parecer simples. Mas é algo muito significativo pra mim.

— Simples? — coloco o pedaço de pizza no balcão limpando a mão, e a encarando serio. — Mariana tu vai ta realizando teu sonho, se formando. Isso não tem nada de simples não, doida. É maravilhoso. — seus olhos castanhos brilham e ela vem até mim sentando no meu colo e depositando um selinho nos meus lábios.

— Fique assim comigo, pra sempre. — sorrio de lado puxando sua nuca e beijando sua boca.

Mas infelizmente, não respondo nada.

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Música do início do capítulo:
20 LIGAÇÕES — BACU EXU DO BLUES

Para sempre você. Where stories live. Discover now