Contextualização

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Gostaria de tecer alguns comentários que antecedem o início da história para dar alguns esclarecimentos e assim fazer com que a experiência da leitura seja melhor aproveitada.

Apesar da linha narrativa se desenvolver em torno de um mistério e caminhar para uma possível resolução, perpassando por várias outras situações significativas para o desenrolar do enredo, a temática torna-se muita mais uma viajem através dos pensamentos e questionamentos internos dos personagens, deixando a história e o enredo como segundo plano.

As questões filosóficas levantadas através dos pensamentos trata-se de reflexões existencialistas, onde eles frequentemente irão perguntar a si mesmos o propósito de suas existências e as razões pelas quais fazem o que fazem, pensam o que pensam e etc.

Será possível identificar algumas ideias advindas de filósofos durante a leitura, como a de Nietzsche que diz a respeito do Abismo; a procura por autenticidade, sendo essa uma ideia compartilhada por muitos filósofos existencialistas e também sobre a questão de sermos escravos de nossos próprios desejos, sendo essa ideia sugerida pelo filósofo Arthur Schopenhauer.

Apesar do tema soar como algo complicado, a maneira como os pensamentos são regidos e as cenas são descritas foram feitas para a imersão do leitor e para uma melhor compreensão dos sentimentos dos personagens. Isto é, o livro não possui uma linguagem difícil, apenas uma proposta pouco usual. (Eu acho hehehe).

Dito isso, espero que a experiência da leitura torne-se mais agradável, principalmente após os esclarecimentos feitos antecedendo o início do livro.

Para aqueles que quiserem se aprofundar nesse tema da filosofia existencialista, usei alguns filósofos como referência, sendo eles: Jean Paul Sartre; Soren Kierkegaard; Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche.

O Despertar do AbismoWhere stories live. Discover now