Logo entrei pro mundo do crime. Com o Leonardo . Contra todos os princípios da Vilma, que só estava com ele por pressão e para dar conta de três crianças, constando que duas nem do seu sangue era.

Ela vinha na Fátima, e quando eu sabia que ela estava por aqui, saia de casa toda vez que ele ia me procurar pra brincar. Ia trabalhar na boca e de lá olhava ela brincar com as outras crianças. Porque como eu explicaria que não poderia brincar com ela por que apartir daquele momento eu não fazia mais parte daquilo?

Cresci com a ideia na cabeça. Que quando você gosta de uma pessoa, você preza pela vida dela.

Da Carolinne eu prezo. Seguranças ao redor da casa, motorista pra levar ela no trabalho e no curso. Verifico todas as amizades e procuro saber com quem ela se envolve. E ela mora comigo, é fácil cuidar.

Fátima é respeitada por ser irmã do falecido dono, e Agnes por ser sobrinha. Mas mesmo assim, prezo ficando de olho.

Dona Vilma eu nem preciso dizer. Todos á adora, mulher de alma boa e coração puro. E mãe do atual dono.

E a Mariana?

Vou me aproximar para os pau no cu achar que é alguém importante pra mim e usar ela pra me atingir. E depois como que a situação fica. Fátima sem afilhada, Lucas, Carol e Agnes sem amiga.

Afastamento é a cura pra tudo. Melhor deixar ela no canto dela, fingir que não ligo e não me importo até virar realidade.

Fecho o comércio e subo na moto indo pra casa. Entro e vejo a Agnes sozinha enchendo as bexigas.

— Tá sozinha por que ? — me refiro a os vapores, que mandei virem a ajudar caso precisasse.

— Por que você não autorizou a Mariana entrar aqui. — se levanta com raiva. — Cara, qual seu problema? Você sabia que eu viria com ela hoje, eu te avisei cedo. E o que você faz? Proíbe a entrada dela? Caio é a Mariana.

— Chega, Agnes! — me estresso. — eu tô ligado que é a Mariana. Mas o que eu tenho haver? A quanto tempo que eu não tenho contato com ela. Não vou deixar qualquer estranho entrar dentro de casa!

— Meu Deus, você tá louco. — ela ri desacreditada. — eu já saquei o que você tá fazendo! E isso não vai funcionar. Ela vai sair magoada, ela já percebeu que você tá á tratando com indiferença.

— Opa, Família! — ouço a voz do Lucas e eu me viro. — o que tá rolando aqui?

— Conta pra ele, Coringa. — debocha.

— Não é nada. — respiro fundo. — Achei que só chegaria mais tarde. — ele nega passando a mão no queixo.

— Fala, Agnes. O que tá acontecendo? — Lc pergunta á ela.

— Mariana tá aqui! E Caio tá tratando ela mal, pronto falei! — se senta no chão e volta a encher as bexigas.

— Oxe — ele me olha confuso. — Tá fumando muito baseado parceiro. — da risada. — ta tratando mal a nossa parcerinha que ajudava nois a roubar doce da padaria!

Nego com a cabeça.

— Não tô tratando ninguém mal. — me defendo. Até porque eu realmente não estava.

— E por que ela não tá aqui agora? — ele pergunta.

— Esse otario disse para aqueles cãos de guarda não deixar ela entrar! — Agnes abre a boca e eu suspiro passando a mão na testa.

Lucas me olha negando. Fico queto e me sento no chão ajudando a morena á encher as bexigas. Lucas faz o mesmo e rapidinho nois termina.

— Me passa o contato da Mariana aí! — coço a nunca agoniado e a Agnes me olha estranho.

— Mudou de ideia foi? —olho pra ela sério. Um sorriso aparece em seus lábios.

Pega o celular e segundos depois chega a notificação no meu celular.

— Valeu.

Mariana.

Opa 👍🏼
Coringa aqui
quero bater um papo com vc, c tiver disponível apareço aí na Fátima!

•••

Mando e espero ela responder. Enquanto isso, ajudo a Agnes e o Lucas á montar as mesas.

"Olá! sim, pode vir."

Leio a mensagem pela notificação e me levanto saindo de casa.

×××

Música do início do capítulo:

EU SOU 157 — RACIONAIS MC'S

Para sempre você. Onde histórias criam vida. Descubra agora