Capítulo 43

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Por Anita:
Muitos meses se passaram, mas eu não esqueci, acho que todo esse tempo o meu coração ficou te esperando, me diz Pablo, como eu faço agora? Se eu estou perdida em todas as histórias. Gostaria de ter oportunidade de dizer isso tudo e mais um pouco para ele, mas eu sinto que ele foge, como se não quisesse mais me corresponder, acho que a especialidade dele é fugir. Agora ele está tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Sentir o perfume dele, me fez ficar ainda mais confusa, mas eu também não posso esquecer que ele foi embora, e me deixou aqui sozinha. Enquanto eu pensava e refletia bastante sobre as coisas que eu estava sentindo, minha avó Dita, veio fazer companhia para a sua amiga dona Lúcia, então eu fui para a casa, tomar um banho, e arrumar-me para ir na reunião com o grêmio estudantil descidir algumas coisas. Depois de tomar um banho que renovou até a minha alma, eu fui comer algo, quando a companhia tocou, a empregada abriu a porta, e quando eu vi, era ele, Hardin estava alí, na minha porta com um buquê enorme, e uma carinha de cachorro abandonado, definitivamente aquelas não eram as minhas flores favoritas, mas o que vale é a intenção!
— O que você está fazendo aqui? Eu questionei, para ver o que ele tinha a dizer.
— Vim humildemente entregar-te isso, e te pedir desculpas.
— Tá bom, por que você está me pedindo desculpas?
— Porque eu fui um babaca.
— E o que mais?
— E eu não vou mais fazer isso! Disse fazer uma carinha fofa, para conquistar o meu perdão.
— Entra! Quer lanchar comigo?
— Sim sim! Por favor.
Depois de lanchar com ele e conversarmos um pouco, ele me levou até a escola, confesso que ver aquele lugar me deu um frio na barriga fora do normal, acho que eu pude sentir os últimos acontecimentos.
— Ei, te amo! Hardin disse dando um beijo de despedida.
— Nos vemos mais tarde? Ele me perguntou.
— Sim, as sete da noite, na minha casa! Eu respondi para ele! Hardin ficou bem empolgado, eu gostaria de ter ficado também. Lá dentro da escola, a sala de reunião estava pegando fogo, ninguém chegava em um consenso, a palta era a gente cancela ou não o baile?! Alguns achavam que não tinha necessidade do evento ser cancelado, e outros achavam que o baile deveria sim ser cancelado, eles estavam com medo do Marinheiro atacar, ou se aproveitar da festa para tentar matar mais alguém.
— Acho que todos temos razão! Cada um aqui tem razão no seu ponto de vista, mas se todos temos razão, logo não chegaremos em lugar nenhum, por isso, temos que aprender a abrir mão da razão! Eu acho que é sim, muito perigoso fazer um evento tão grandioso como esse agora, mas eu também acho que o baile de fim de ano é muito importante para ser cancelado, ele é uma festa tradicional nossa. Por isso eu sugiro que esse evento seja prorrogado até o mês que vem.
— Mas aí o baile aconteceria nas férias de início de ano. Disse Ágatha.
— Sim, podemos juntar o beile de fim de ano, com a semana das boas vindas e realizar um grande evento. Assim o baile não será cancelado, e nem vamos correr mais perigo.
— Você acha que até lá, ele já estará preso?
— Pessoal, eu confio na polícia da nossa cidade, e vocês todos também deviam confiar!
Finalmente aquela reunião chata terminou, todos aceitaram bem a minha sugestão, e tudo acabou se resolvendo bem. Lucas levou Maria Clara para fazer um piquenique no parque, ele estava fazendo de tudo para distrair ela. Maria Clara estava ficando traumatizada com os últimos acontecimentos, e a sensação de estar sendo vigiada pelo Marinheiro só aumentava.
— Ei, eu te trouxe aqui para que você pudesse se distrair, e não ficar mais paranóica.
— Lucas eu não estou paranóica.
— Eu sei meu amor, eu só quero que você confie em mim, e acredite que o Marinheiro está bem longe daqui.
— Hum, o que você trouxe?
— É assim que eu gosto, minha marrenta voltou. Disse dando vários beijos no pescoço dela.
Alguns minutos depois, Lucas e Maria Clara decidiram deitar na grama para admirar o céu azul, e o Lucas pediu algo para ela:
— Promete que você vai sempre confiar em mim?!
— Prometo Lucas! Ela disse fazendo carinho no rosto dele e o admirando apaixonadamente.
Eu estava passeando pela praça, quando eu me encontrei com ele, eu olhei bem no fundo dos olhos dele, e ele nos meus, e ali parece que o tempo parou por um estante.
— Que bom te ver.
— Bom te ver também Pablo. Eu disse dando um sorrisinho meigo para ele. Eu senti ele se aproximando para se despedir, a gente se olhou profundamente, eu virei o meu rosto, e ele me deu um beijo na bochecha, que fez as minhas pernas tremerem, e eu senti o meu corpo ficando leve. Minha cabeça me levou para as nossas lembranças, os momentos únicos vividos juntos.
— Por que você faz isso Pablo?
— Isso o que?
— Age como se ainda gostasse de mim.
— Mas eu ainda gosto.
— Para de mentiras Pablo. Disse me virando de costas para ele, quando derrepente sentir as mãos quentes dele nos meus ombros, eu me virei, eu fiquei bem de frente para ele, estávamos a ponto de nós beijarmos, e ele olhou bem no fundo dos meu olhos e disse:
— Eu tentei te esquecer, mas cada amanhecer me faz lembrar de você, o tempo que passou não arrancou você do meu coração Anita!
— Você jura?
— Juro!
Era tudo que eu não precisava ouvir, porque é tão difícil entender o coração?
— E você Anita conseguiu me esquecer? Ele me perguntou.
— Pablo eu... Eu não consegui responder, então virei de costas novamente, eu queria fugir do olhar dele. Então ele aproximou-se e ficou bem de frente para mim, e perguntou novamente, e dessa vez eu não consegui fugir, eu disse:
— Não, toda noite eu sonho com os seus beijos! Quando eu finalizei essa frase, eu só senti os lábios dele nos meus, e sentir aquele calor, era como se fosse a primeira vez que eu beijasse ele.
— Isso não deveria ter acontecido Pablo.
— Verdade. Eu não sei o que aconteceu comigo.
— Acho melhor a gente se afastar!
— Eu também acho Anita.
Quando ele disse isso, eu olhei para ele, ele olhou para mim, e a gente se beijou de novo, só que com mais intensidade, mais sentimento. Quando nós paramos de nós beijarmos, e só ficamos olhando um para o outro, eu escutei alguém gritando o meu nome, na hora eu gelei, e quando virei-me para ver quem era, só senti um vento na minha cara, quando pisquei o Hardin estava dando um soco na cara do Pablo.
— Ah meu Deus! Eu gritei assustada.
— Da primeira vez eu não revidei, mas eu não tenho sangue de barata não! Pablo disse partindo para cima de Hardin, dando vários socos nele.
— Gente para! Eu gritei, mas eles não me ouviram, eu tive que entrar no meio para apartar a briga, e implorar para que o Pablo parace, por sorte ele me escutou e foi embora.
— Por que você fez isso Hardin? Eu perguntei com raiva para ele.
— Desculpa amor, mas eu não consegui ver aquile cara dando em cima de você!
— Ele não estava dando em cima de mim, e mesmo se tivesse, isso não dá o direito de você bater em ninguém!
— Eu sei, mas...
— Não tem mais nada Hardin, você tinha me prometido que não agiria mais assim.
— Me desculpa amor! Ele começou a chorar, e ficou implorando para que eu perdoasse ele...

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