Peço que abram seus corações para receber
O amor que, um dia, não pude oferecer a você.
Era o que eu queria ter feito, no entanto, éramos carentes,
Pois como dar amor se a carência era tão presente?
Compreendo que essa justificativa não apaga a mágoa,
Não compensa as lágrimas derramadas, a dor amarga.
Mas saibam que meu arrependimento é profundo e sincero,
Cada dia reflito, busco ser melhor, seguir um novo rumo verdadeiro.
Recorri à ajuda psicológica, aos ensinamentos dos livros,
Nessa jornada de autoconhecimento, eu me descubro em todos os focos.
Estou atravessando uma fase de isolamento, uma imersão intensa,
Afastada de tudo e todos, enfrentando as minhas próprias sentenças.
Isso me dói, me lacera, me dilacera por completo,
Preciso desmantelar meu ego, um processo repleto de afeto.
Reabrir feridas, para cicatrizá-las de forma correta e benéfica,
Enfrentar o que fiz de errado, tornar-me alguém mais específica.
Entendam que todo mal que causei já voltou a mim,
Sinto a dor que infligi a vocês e a outras almas assim.
Hoje faço o que nunca achei possível, sinto um amor genuíno,
Uma transformação está em curso, um novo destino.
Esta carta é um pedido de desculpas do meu "eu" reformado,
Por todas as atitudes do "eu" antigo, das quais não estou orgulhosa.
Espero que seus corações encontrem o consolo que necessitam,
Peço desculpas, de todo coração, por todas as dores que causei.
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Vivo-Morto
PoetryEste livro transcende as páginas para se tornar uma experiência única, uma jornada que vai além de meras palavras. É mais do que um conjunto de poemas; é uma vida capturada em versos, um respiro profundo que ecoa como um nascimento a cada página. Ca...