O Peso da Culpa

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Em uma noite quente de Pernambuco, às 23h04, eu me encontro,

Envolta por uma dor que nunca imaginei sentir de novo.

É a dor da culpa, que nos encontra cedo ou tarde,

Após magoar tantas almas, carrego esse fardo pesaroso em meu alarde.

Sinto-me deprimida, como se todas as ações negativas que pratiquei,

Se transformassem em uma bola de negatividade que agora em mim repousa,

Ela paira sobre meus ombros, me forçando a enfrentá-la e suportá-la,

Não sei ao certo como lidar com essa dor, essa angústia que se entranha.

Desejo profundamente ser uma pessoa melhor, diferente,

Anseio por evitar ferir outros corações, por nunca mais causar tormento.

Essa conversa, contudo, não é sobre mim,

É um pedido de desculpas que em palavras não se resume, assim assim.

Eu gostaria de me redimir perante aqueles que, no passado, magoei,

Mas temo reviver suas dores, causar-lhes sofrimento, um novo golpe a sofrer.

Não pretendo reabrir antigas feridas, nem criar novas cicatrizes,

Meu propósito agora é seguir adiante, aprender com o passado, e evoluir nas raízes.

Vivo-MortoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora