Lembro-me das oscilações que sentia,
Meu coração, um tambor, em agonia.
Evitando o medo de ser quem eu sou,
Tomar decisões sozinha, sem pudor algum, eis o ardor.
O receio do que diriam e pensariam,
Sob constante observação, me encontraria.
Sob a tensão inabalável e irrevogável,
Afundava no poço escuro da opinião alheia, incontrolável.
Ali, onde inseguranças se amontoam,
E frustrações, ego e expectativas se entrelaçam,
Pobres são aqueles que inadvertidamente caem,
Mas como alguém é arrastado para esse abismo, não retêm?
Primeiro, observam o poço com desconfiança,
Sentam-se à borda, em busca de esperança.
Até que atingem o limite da dor suportável,
E, então, desabam no abismo, vulneráveis.
Apenas o amor-próprio, a coragem de ousar,
Romper com as expectativas alheias, ao mundo enfrentar,
Podem salvar o indivíduo do poço profundo,
Mas cuidado, a queda é incessante, e o resgate, segundo.
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Vivo-Morto
PoetryEste livro transcende as páginas para se tornar uma experiência única, uma jornada que vai além de meras palavras. É mais do que um conjunto de poemas; é uma vida capturada em versos, um respiro profundo que ecoa como um nascimento a cada página. Ca...