O peso das palavras em mim

5 0 0
                                    


Lembro-me das oscilações que sentia,

Meu coração, um tambor, em agonia.

Evitando o medo de ser quem eu sou,

Tomar decisões sozinha, sem pudor algum, eis o ardor.

O receio do que diriam e pensariam,

Sob constante observação, me encontraria.

Sob a tensão inabalável e irrevogável,

Afundava no poço escuro da opinião alheia, incontrolável.

Ali, onde inseguranças se amontoam,

E frustrações, ego e expectativas se entrelaçam,

Pobres são aqueles que inadvertidamente caem,

Mas como alguém é arrastado para esse abismo, não retêm?

Primeiro, observam o poço com desconfiança,

Sentam-se à borda, em busca de esperança.

Até que atingem o limite da dor suportável,

E, então, desabam no abismo, vulneráveis.

Apenas o amor-próprio, a coragem de ousar,

Romper com as expectativas alheias, ao mundo enfrentar,

Podem salvar o indivíduo do poço profundo,

Mas cuidado, a queda é incessante, e o resgate, segundo.

Vivo-MortoWhere stories live. Discover now