Golden Boy

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[ ... ]

Nessas horas de irritação, eu queria ter um irmão para eu poder irritar que nem o Jobe irrita o Jude. Estamos a dois minutos ouvindo as inúmeras perguntas que Jobe perguntava a nós. E Jude tentava ignorar as perguntas sem noções que ele fazia.

_ Não conheceu nada, muleque. Para de ficar gritando. - Jude brigou com o irmão que fez um bico enorme com a bronca do irmão.

_ Aí seu chato, por isso eu prefiro a Isa. Ela me trata bem, diferente de você, seu feio, azedo. - Jobe disse e balancei minha cabeça em negação, enquanto observava os dois ficarem bicudos. _ Isa, me diga a verdade.

_ Não aconteceu nada, Jobe. Você que entrou do nada e nos assustou.

_ Até você, Isa. - Ele ficou inconformado, mas quando chegamos do lado de fora ele acabou se conformando com minha resposta, já que não falaria outra. _ Você vai comigo? Ou vai com meus pais e o Jude? - Jobe perguntou com a porta do carro aberta, apenas esperando por minha resposta.

_ Vou com você. - Respondi e naquele exato momento Jude segurou minha mão me fazendo olhar para ele.

_ Você não vai comigo? - Perguntou e neguei.

_ Não. Provavelmente quando você chegar lá, todos irão até o carro e vão te guiar até o fim do tapete para que você saia em todas as fotos possíveis. Eu não quero aparecer nas câmeras, primeiro porque eu não tenho nada haver, segundo porque é melhor as pessoas focarem na sua premiação.

_ Tem certeza? - Perguntou e assenti.

_ Sim, vou estar em algum lugar na platéia, mas não vou estar perto o suficiente para falar com você.

_ Mas ainda vou te ver, certo?

_ Certo, vou dar o meu jeitinho. Agora vai que você já está atrasado. - Falei e ele assentiu, seus pais já haviam entrado no mesmo carro que ele iria, afinal, eles chegariam juntos e eu e Jobe iríamos em outro carro.

Embora estivéssemos apenas nós três e os motoristas, ainda achava estranho qualquer demonstração de afeto na frente deles, mas Jude parecia super confortável para me dar um beijo na frente de todos e se virar para entrar no carro, como se fosse a coisa mais comum possível.

_ Ainda me diz que não aconteceu nada? - Jobe não perdeu a oportunidade de recapitular sua pergunta e balancei a cabeça em negação, enquanto entrava no carro e logo em seguida o motorista deu partida.

_ Não aconteceu nada, apenas um beijo, mas foi só isso.

_ Sei... - Ele não estava contente com minha resposta, mas era a única que sairia da minha boca, porque era a mais pura verdade.

Quando chegamos no local da premiação, Jude já havia saído com seus pais e eu e Jobe resolvemos parar na outra rua para que ninguém falasse algo que era diferente do que estava acontecendo.

Assim que chegamos, entramos no lugar sem nenhuma intervenção e seguimos para as cadeiras do fundo. Não demorou para aquele lugar lotar, havia muitas crianças sentadas a nossa frente e um turbilhão de câmeras direcionadas para o pública principal e o palco.

Os convidados foram chegando e sentando nas cadeiras vazias, mas quando Jude entrou pela porta, as câmeras se voltaram para ele.

E lá estava ele, sorridente e embora não demonstrasse, nervoso também. Notei que ele conversava com seus pais para aliviar a tensão do momento.

_ Jobe? Cara e aí? Quanto tempo. - Um conhecido de Jobe disse se aproximando e abraçando ele. Mas como eu não o conhecia, fiz cara de paisagem.

_ Essa aqui é a Isadora. Isa esse é o Guilherme, estudamos juntos no ensino fundamental. - Jobe me apresentou e me levantei com um sorriso gentil no rosto, o comprimentando com um beijo na bochecha.

Country on fire - Jude BellinghamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora