Mulher da minha vida

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[ ... ]

Após um tempo naquele cômodo com Gael, decidimos que já estava na hora de voltarmos. Ele não queria falar com o pai naquele instante, então perguntou se podia ficar comigo enquanto estava aqui na loja e assenti.

Quando voltamos, cogitei em sentar no mesmo lugar que estava antes, onde Henrique estava. Mas me lembrei do que ele disse sobre Gael e me incomodei com a maneira que ele falou sobre o menino, então fui com Gael para debaixo das araras de roupas e sentamos ali enquanto assistíamos o jogo do Real Madrid.

Mas quando voltei, não vi Jude em campo e aquilo fez meu coração se apertar, o Real Madrid estava vencendo mas ele não estava lá, sendo que antes do intervalo estava. Então peguei meu celular do bolso e pesquisei, quando olhei as mensagens que as pessoas estavam postando nos perfis do twitter, soube que Bellingham havia deslocado o ombro e ficaria afastado por alguns jogos, meu coração se apertou e fiquei com vontade de ir até ele, mas eu nada podia fazer a não ser esperar.

Quando o jogo acabou, o real havia vencido e os funcionários já estavam indo embora. Já que o dono ficou tão feliz que dispensou todos mais cedo do que o normal.

Gael ainda estava receoso em relação ao pai, ele não queria sair debaixo das araras, mas era preciso.

_ Você consegue, Gael. Ele é seu pai, não pode ficar tanto tempo bravo com ele, assim como ele não pode ficar bravo com você. - Tentei convencê-lo e ainda a contragosto ele saiu dali.

_ Ele vai brigar comigo denovo, Dorinha. - Disse cabisbaixo, e me agachei ficando do seu tamanho.

_ É só fazer como combinamos, você é um garoto muito forte e vai se sair bem. Qualquer coisa, pode ligar nesse número. Eu vou atender em qualquer hora que você precisar. - Falei anotando meu número em sua mão e ele assentiu com um sorriso me abraçando e indo na direção de seu pai, que já o esperava do lado de fora da loja.

_ Você precisa de uma carona? - Henrique perguntou, mas neguei pegando minha mochila.

_ Não precisa, já chamei um táxi. Até amanhã. - Me despedi de todos e saí dali para entrar no carro.

O dia foi bem diferente dos demais, fiquei pensando em como Bellingham deveria estar chateado por se machucar e consequentemente perder os jogos.

Estava perdida em meus pensamentos, quando me lembrei que Belligol não tinha ração o suficiente, então pedi para o motorista ir até um casa de ração e ele me levou até uma.

Não demorou muito para chegar lá, mas a fila estava grande e me roubou dez minutos da minha noite, quando cheguei no meu apartamento, paguei o motorista pela corrida e cumprimentei o segurança que me parou no caminho.

_ Senhorita Isadora, o seu namorado chegou a uns dez minutos atrás e está lá encima te esperando. - Avisou sendo proativo e assenti.

_ Obrigada, Jucelino. - Agradeci, Jucelino estava fazendo hora extra, já que o antigo sindico do prédio, pediu para o outro segurança fazer a vigia na parte detrás do apartamento, segundo ele, haviam pessoas roubando amoras na árvore que havia atrás do estacionamento.

Subi pelas escadas, afinal eu precisava parar de ser sedentária e voltar a ativa. E por que não começar com ir de escadas todas as vezes? Afinal, não era tantos andares assim.

Quando subi, avistei Jude sentado no último degrau, com a cabeça para baixo e com o olhar vazio e naquele momento senti meu coração se apertar.

Quando ele notou minha presença, não disse nada e eu também não. Apenas abri a porta e ele se levantou entrando atrás de mim.

Country on fire - Jude BellinghamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora