Culpa mia

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[ ... ]

Enquanto subia as escadas, ele abanava o rabinho e ficava latindo, enquanto eu estava com medo dos vizinhos implicarem, afinal, já estava noite. Horário de dormir.

Quando abri a porta do apartamento, o coloquei no chão para que ele se adaptasse ao ambiente novo. Ele começou a andar pelo apartamento e começou a cheirar, mas tudo com o rabinho entre as pernas, acredito que seja medo, afinal, é um ambiente novo.

Ele ficou andando, até que avistou o meu sofá, se aproximou, cheirou e se agachou mixando no chão. Não sei se era porque ele era recém nascido, ele não erguia as patinhas, ele fazia as necessidades agachado, e apesar de ficar bonitinho assim, ele já começou a fazer sujeira. La vai sua primeira bronca.

_ Escuta aqui seu pestinha, você mão pode ficar fazendo suas necessidades no meio da sala. Vamos combinar que você vai ali na varanda fazer isso. Não é para fazer aqui dentro, escutou? - Perguntei como se ele fosse me entender, mas ele simplesmente me ignorou e foi cheirar outros lugares.

Quando decidi ir na direção da cozinha para pegar um pano para arrumar sua sujeira, meu celular vibrou.

_ Por que está tudo escuro? - Era a voz de Jude, mas não entendi o que ele quis dizer.

_ Porque já está noite, né. - Respondi pegando um pano na gaveta.

_ Não, não é isso. Você colocou o celular no ouvido, é por isso que não te vejo.

_ Ata, disfarça. - Falei colocando ele no sofá enquanto eu limpava. _ Nem vi quando atendi a ligação.

_ Percebi. Está fazendo o que? - Perguntou e foi então que olhei para a tela.

Jude estava na rua, sei lá qual rua, só sabia que era rua porque conseguia ver o céu logo atrás de si.

_ Estou limpando uma sujeira. E você? O que está fazendo acordado e não dormindo uma hora dessas?

_ Não consegui dormir, então vim encontrar uma pessoa.

_ Mmmm. Então por que me ligou? Vai encontrar sua pessoa.

_ Não vi ela ainda. Ela está mais interessada em limpar as coisas do que me ver. - Foi então que caiu a ficha.

_ É mesmo? Não acredito que deixaram um jogador famoso como você do lado de fora. Que desperdício não é mesmo? - Falei e ele começou a rir.

_ Ela é bobona mesmo. Vive desperdiçando um ser como eu.

_ É mesmo? Não acredito.

_ Pois é. Fico me perguntando quando ela vai parar de desperdiçar essas chances que eu dou para ela.

_ E você da muitas chances? Para que exatamente?

_ Chances dela beijar minhas boca, e usar o meu corpinho. - Esse Jude é uma peça.

_ Vish, o seu carma está pesado, não é mesmo?

_ É, mas ainda tenho esperanças dela acordar. É que eu sou muito docinho, então vou com calma para não exagerar na diabete. - Foi impossível não rir.

_ Cala boca e sobe logo. - Falei enquanto ria, e ele fez o mesmo abrindo o portão do apartamento lá embaixo.

_ Não demora para abrir a porta, você enrola demais. - Reclamou e balancei a cabeça desligando a ligação.

Nesse meio termo, fui atrás do meu amiguinho e o peguei no colo antes dele fazer mais sujeira.

Quando escutei Jude batendo na porta, meu cachorrinho começou a latir e conseguir ouvir Jude do outro lado.

Country on fire - Jude BellinghamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora