16_Sentimento estranho.

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Alisha Vilvert

A voz que soou atrás de mim, me fez dar um pequeno pulo de susto.

Assim que eu meu viro para ver quêm era...

"Christopher"

Esse garoto está em todo lado do que o costume.

— Eu vi o que você fez com a Emily. — Falou ele simples, com as mãos no bolsos, dessa vez sem o seu cigarro.

— Como é que você...? Esqueci, aquela garota escrota mereceu pouco, eu poderia acabar com a raça dela. — Falei no tom frio e cauteloso.

— Opa, calma lá com a linguagem Alisha, não vais deixar que a Emily mexe assim com a sua cabeça, ela nem merece a sua atenção. — Disse ele se dirigindo em um dos corredores, procurando por um livro nas estantes.

— Aquela garota só se mete comigo, e você fala para eu não dar nenhuma atenção na porra que ela diz sobre mim? — Pergunto frustrada, seguindo ele pelo corredor.

— Você cumprimenta a sua mãe ou o seu pai com essa sua boca suja? — Perguntou ele dando uma risada.

"Que garoto abusado."

— Se você não queres acabar igual a Emily, aconselho a você não falar desta maneira comigo. — Falo encarando ele seriamente.

— Eu acho que você não teria coragem para tal. — Disse ele que continuava procurar seja qual for o livro.

— Tens a certeza...? — Falo quase soando que nem um sussurro, encarando ele.

— Queres que eu prove para você...? — Falou ele também soando que nem um sussurro, mais não olhava para mim.

Antes mesmo que eu pudesse responder a sua pergunta, foi interrompida por ele.

— Finalmente achei! — Falou ele surpreso segurando um livro de...

"Espanhol avançado?"

— Eu estou pensando nós começamos a tutoria agora, então irei precisar deste livro aqui. — Falou mostrando o livro para mim.

Dou um sorriso falso para ele, porque eu não estava espera disso.

— Bienvenida a nuestra primeira clase de espanõl, Sra. Vilvert. — Falou ele dando um sorriso sem dentes.

[...]

Não acredito que passei uma hora só falando de espanhol, e já estava cansada e arrependida ao mesmo tempo.

De vezes em quando me sentia uma burra e outras vezes só estava reparando o jeito como o Christopher explicava... Isso o tornava mais...

"Atraente?"

Depois da nossa tutoria, decidi convidar ele comer comigo no refeitório do colégio, como agradecimento.

Óbvio que nem todos tem a chance de comer comigo.

Assim que chegamos ao refeitório alguns olhares estavam sobre nós.

"Montes de bisbilhoteiros que querem saber o que acontece."

— Primeiro você, Alisha. — Disse ele me dando espaço para que eu pudesse sentar.

— Obrigada. — Falo simples.

"Garoto cavalheiro."

Depois acabamos por conversar ainda mais, mas nós sempre acabávamos por falar de um assunto aleatório, porque claramente eu não sabia nada dele e nem da sua família.

O Christopher que eu conheço é que as pessoas me contam, como o Lucas e o Jacob teriam me dito.

— Aquele livro que você estava lendo na outra vez na biblioteca, eu achei meio clichê, porquê que o Romeu e a Julieta teriam que morrer no final? — Perguntou ele, arqueando umas das suas sobrancelhas com uma expressão confusa.

— Você entenderia isso, se soubesses o que é amar alguém. — Falo com um sorriso simples.

— E você sabe como é amar alguém? — Perguntou ele se endireitado na cadeira. — Talvez você ainda não sentiu o amor em um nível diferente, que chega até doer. — Falou ele agora com uma expressão neutra.

Isso foi bem profundo na verdade.

Quêm diria que o Christopher Philippe sabe alguma coisa de amor.

— Foi tão... Clichê,o que disseste. — Falo provocando ele. — Você alguma vez já sentiu esse tipo de amor? — Pergunto curiosa para ele.

— Eu... Sentia e até agora sinto esse tipo amor, dói tanto que eu só queria arrancar o meu coração do meu peito... Ou mesmo se as coisas fossem mais fácil para mim... — Falou ele com uma mudança no seu tom de voz, que agora estava mais frio.

— Quêm é ela? Ou ele né? — Pergunto com toda cautela, para não acabar falando besteira.

— Ela... É o meu significado de amor, ela é garota que eu quero experimentar tudo isso que eu sinto. — Disse ele com um brilho nos seus olhos, olhando seriamente para mim. — Mais parece que é impossível, porque o que eu sinto por ela chega a ser perigoso que até fico com medo.

— Medo de quê? — Pergunto ainda mais curiosa.

Eu estou perguntando demais, mais a curiosidade é tanta, só de saber que tem um garoto que nem ele sofrendo por um amor não correspondido.

— Vamos mudar de assunto. — Falou ele autoritário.

E eu que estava achando interessante, e bem... Devo admitir que fiquei um pouco incomodada de saber o amor que ele senti por uma garota desse jeito.

— Como você quiser. — Falo concordo para ele.

Quando eu estava prestes a perguntar sobre a vida dele passada que o Luís e o Jacob contaram para mim.

Foi interrompida pela Tabatha.

— Oi Christopher estava procurando por você em todo lado. — Falou ela beijando a bochecha dele, com uma mão apoiando sobre o ombro dele.

— Oi. — Falou ele simples, e parecia que ele estava incomodado.

— Não esqueça do nosso compromisso para depois. — Falou ela depositando mais um selinho na bochecha do Christopher.

E foi embora, sem olhar para mim ou cumprimentar.

Mais também fiquei pensando se a Tabatha seria a garota de que ele estava falando, e também fiquei um pouco chateada que ele terá um compromisso com a Tabatha.

"Sentimento estranho."

— Você e a... Tabatha... Não estão se falando? — Perguntou ele apontando para mim e para Tabatha que estava a duas mesas de distância de nós.

— Tivemos um pequeno desentendimento. — Falo um pouco rude.

Então ele não decidiu perguntar mais nada, o silêncio permaneceu, até que...

Recebi uma notificação no meu celular do Bryan me chamando para ter com ele na quadra de basquetebol do colégio.

Eu fiquei um pouco surpresa com o pedido e até já estava um pouco ansiosa, porque eu já queria perdoar ele.

— Christopher eu preciso de ir, nos vemos depois. — Falo me levantado rapidamente da cadeira e indo em direção da saída.

Assim que chego a quadra de basquetebol...

Vejo ele.

Continua....

*Tradução para o que o Christopher disse:

Bem vinda a nossa primeira aula de espanhol, senhora Vilvert.

Espero que estejam gostando meus amoressss😍.

—Madalena.







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