─ ✩ Chapter five · Rain trauma'-

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"Há coisas sobre as quais quero conversar,
mas é melhor eu esquecer
Mas se você me abraçar sem me machucar
Você será o primeiro a fazer isso
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Me abrace, me ame, me toque, querido
Seja o primeiro a fazer isso."

Cinnamon Girl
Lana Del Rey

Capítulo 5, Trauma de Chuva

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Capítulo 5, Trauma de Chuva.

Sentimentos. Os sentimentos são moldados por experiências passadas, memórias, personalidades, crenças e pensamentos ligados a alguma emoção específica. E eles também podem te deixar fraco e acabar com você. Bom, entre todos os tipos de sentimentos, posso resumir os anos em que estava morando com os meus pais com apenas três:

Primeiro, solidão. Quanto mais eu crescia, mais o meu pai ficava ocupado com o seu trabalho e menos presente em minha vida. A sua ausência é uma das maiores causas dos meus traumas, como o medo de abandono, medo de brigas, gritos e muito mais. E por mais que ele tentasse recompensar o seu tempo ausente com bem material, nada recompensava. E com o passar do tempo, o carinho que eu tinha por ele foi morrendo, restando apenas o ódio e um coração partido em mil e um pedaços.

Eu lhe odeio por tudo o que você fez, e ainda sinto a sua falta como uma criança pequena.

Segundo, tristeza. Pode até ser hipócrita, já que eu não conseguia chorar, mas não era porque eu não queria chorar... mas sim por causa dele, que não me permitia chorar. Dane-se se eu estava machucada fisicamente ou psicologicamente, para ele, eu estaria sendo fraca e demostrando fraqueza ao chorar. É por esse motivo que comecei a guardar e reprimir todos os meus sentimentos, por não querer parecer fraca.

Terceiro, confusão. Eu me sinto confusa, como posso querer perdoar e voltar a ser próxima de uma pessoa na qual me machucou tanto e quis me transformar em um monstro igual a ele? Como posso querer perdoar uma pessoa que só fez mal a mim e a minha mãe muito antes do meu nascimento? As discussões, os móveis quebrados, os tapas que a minha mãe recebia, as minhas lágrimas e o seu olhar de desprezo... memórias sombrias que nunca serão apagadas da minha cabeça.

E de bônus, raiva. Sinto raiva de mim mesma por ter sido tão fraca e nunca ter feito nada por medo do que ele poderia fazer a minha mãe. Eu até tentaria algo, se a minha mãe não tivesse me feito acreditar que ele mudaria com o passar do tempo.

Mas há uma coisa que descobri muito tarde.

O tempo não muda e muito menos cura as pessoas, mamãe.

Ou pelo menos não muda e cura por quem não procura por mudanças curação. Ele vai continuar sendo o dssgraçado que me incentivou a suicídio por descobrir que eu também gosto de garotas, e ainda teve a coragem de dizer que a culpa era sua, mamãe. Se não fosse por sua causa, eu já teria jogado óleo quente no velho maldito, teria colocado na cadeia e a senhora teria uma vida muito melhor comigo aqui no Canadá. Mas a senhora sempre quis que tivéssemos a imagem de uma família perfeita, não pelas as pessoas, mas por mim que vivenciei cenas traumatizantes desde muito nova.

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