Você tem o sonho de ser mãe? E se esse sonho fosse impossível para você depois de descobrir ser estéril? E quando você encontra um cara que sonha em ser pai mas a namorada dele não quer ter um filho? E se esse cara for o companheiro da sua melhor am...
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Sabe quando você entra num lugar desconhecido, você se sente desconfortável com aquele ambiente e pra' ajudar, todo mundo que está ali te encara como se você fosse um ser de outro planeta.
Foi isso que senti quando entrei no quarto da Louise. Gabriel tinha me trago aqui e avisou que ia perguntar se Piquerez queria ir embora.
Quando bati na porta e coloquei minha cabeça pra' dentro, vi a seguinte cena.
Louise na ponta da cama com o rosto dentro de um balde enquanto Duda segurava seu cabelo e alisava suas costas.
A mulher de cabelos castanhos me olhou, ela tinha muitos traços iguais ao da Louise, obviamente era sua mãe.
Ela me encarou e continuou me encarando por bons minutos até que eu tive coragem de falar algo.
— Tem alguém muito doentinha por aqui, hein? — Falei e o olhar de Louise parou no meu. Ela me olhou e os seus olhos marejados me encontraram.
— Não me olha, eu tô horrível! — Ela falou levantando da cama e seguindo até a porta que estava ao lado da que eu tinha entrado, deduzi que era o banheiro. — Espera aí fora, eu já vou. — Ela disse com a voz arrastada e Duda seguiu ela até lá.
— Prazer, sou Raphael. — Estiquei minha mão para a mulher que me puxou para um abraço, a retribui.
— Oi meu filho, meu nome é Lauanda. — Ela disse ao se afastar de mim. — Lolou está bem ruinzinha, piorou quando o advogado ligou dizendo que hoje levaram o baby Davi para aquela rotina, de ficar algumas semanas com o casal que tá tentando adotar ele, sabe? — Ela me perguntou e eu concordei. — Ela chorou tanto quando descobriu e só pedia por você, ainda bem que Maria Eduarda e Gabriel estavam aqui.
— Gabriel é meu irmão, ele me ligou. Desculpa não conseguir ter vindo antes. — Falei e ela deu um sorriso na minha direção.
— Não tem problema, filho! — Disse passando a mão por um dos meus ombros.
— Você pode ir deitar agora, tá bom? Eu vou pedir pra' Duda e pro' Gabi irem embora e vou ficar aqui com a Lou o resto da noite. — Falei e ela me olhou piedosa, parecia tentar me analisar e entender o que eu queria dizer.
— Não filho, não precisa se preocupar.
— Pode ir tranquila, Lauanda. Eu vou ficar aqui com ela, não se preocupa. — Falei e ela sorriu, me deu algumas indicações e disse que também traria uma roupa do marido dela para mim. Quando ela saiu do quarto, Louise e Duda saíram do banheiro.
— Deita na cama. — Duda falou e foi ajudando a loira a sentar na cama. — Bom, eu vou lá embaixo com o Gabriel. — Ela falou e sorriu pra mim antes de seguir para a porta. Caminhei até Louise que já estava chorando outra vez.
