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No início da manhã, Minho foi sozinho à casa da irmã de Lee Felix, na tentativa de verificar seu álibi. Ela era mais velha que ele, tinha os mesmos traços faciais finos, mas um rosto muito mais sorridente e rechonchudo. Sozinha e trabalhando como simples assistente médica, ela morava em um pequeno apartamento perto do rio Han, não muito longe de uma importante rua comercial.

A chegada da polícia à casa dela a preocupou um pouco, e ele quase se culpou por não ter ligado para ela ou feito Yeji interrogá-la. 

Ele conseguiu conversar rapidamente com a garota, depois de lhe oferecer um café. Em primeiro lugar, soube que Felix passou a noite na casa dela e que desmaiou de cansaço bem cedo, por volta da meia-noite, e que ela foi para a cama pouco depois. Ela tinha certeza de que ele não havia se mexido já que ela o ouviria se levantar, e Felix estava muito cansado.

Então ela contou a Minho sobre sua vida com um pouco mais de detalhes, incluindo o fato de que Felix era muito próximo de Jisung, que eles eram como dois ímãs, sempre grudados, e que não tinha entendido o propósito da discussão deles, que ele disse.

O policial estremeceu com a frase, lembrando-se para mais tarde.

Depois agradeceu pelo tempo e pelo café, e saiu de casa, aliviado pela simpatia da garota. Pegando suas coisas, foi em direção a delegacia, suspirando, Minho sentiu como se estivesse passando a vida na delegacia.

Mesmo assim, ele sabia que Changbin estava lá com muito mais frequência.

Ao contrário do que a imaginação das pessoas nos levava a crer, a vida de um policial em geral não era agitada. Perseguições e serial killers não faziam parte do seu cotidiano, muito pelo contrário, e felizmente para eles. Na maioria das vezes, isso envolvia escrever relatórios, entrevistar pessoas, e as investigações nem sempre eram complexas.

Este foi um dos pontos que o Lee odiava, afinal, ser policial de uma forma ou outra, é tedioso. Alguns de seus casos às vezes duravam apenas alguns dias, graças a alguns assassinos desajeitados ou arrependidos. Mas Minho sentiu que este seria muito mais longo e que este era apenas no começo.

Minho desviou o olhar do computador quando ouviu uma batida na porta do escritório. A médica legista entrou com algumas folhas na mão.

— Tenho dois relatórios antigos para você, desculpe a demora, aliás, e a autópsia do segurança. Com o que eu começo? — Seu andar era um tanto masculino, mas tinha um encanto natural, pensou Minho com um sorriso de lado. Ele não estava nem um pouco interessado na colega, mas a achava absolutamente atraente, sem saber muito bem o por quê.

Talvez fosse seu rosto redondo, mas harmonioso, seu cabelo loiro impecável, às vezes preso em um minúsculo rabo de cavalo; ou seu olhar severo, penetrante e intimidador, que as pessoas achavam surpreendentemente cativante.

Minho mordeu o lábio ao observar seu rosto.

Saindo de seus pensamentos um tanto intrusivos, ouviu os detalhes que Ryujin estava trazendo para seu companheiro de equipe, que estava interessado nos últimos relatórios.

— Sob as unhas da vítima havia apenas algumas fibras de lã, verde esmeralda se você estiver interessado.

— Bom, vamos revistar os armários dos nossos suspeitos. — zombou Changbin.

Ele se virou para o moreno que o julgava silenciosamente, seus olhos se estreitaram, e parou quando voltou sua atenção para a jovem, com os lábios franzidos e o olhar assassino.

numb to the feeling • minsung | TRADUÇÃOKde žijí příběhy. Začni objevovat