006

72 20 3
                                    

Os pais de Wooyoung foram chamados e a notícia do falecido filho foi dolorosa.

Fazia algum tempo que não o viam, sempre ocupado com suas aulas e seus amigos, a casa da família também ficava do outro lado da cidade.

Ver uma mãe desabar em gritos e lágrimas na sua frente após informações que eram mais do que difíceis de ouvir foi difícil para Minho, mesmo que não fosse a primeira vez.

A lividez do falecido foi ainda mais acentuada e o espetáculo bastante desagradável. Seu funeral foi solicitado, mas enquanto aguardavam o fim da investigação não conseguiram ver o corpo do filho.

Além disso, Minho examinou seus registros telefônicos e anotou os números que apareciam com frequência, bem como os nomes dos contatos. Já havia convocado alguns deles com o propósito de interrogá-los.

Sentado em sua cadeira de escritório, pensava enquanto olhava de longe para seu quadro, tentando reconstruir peça por peça os elementos da investigação.

Por volta de uma da manhã, Wooyoung foi visto pela última vez, entre outras coisas, passando pela cozinha.

Por volta das três horas, ele foi encontrado morto ao lado de Jisung em um quarto.

O assassino estava obviamente irritado com ele, pois devia ter ocorrido uma discussão violenta abafada pela música, onde planejou pegar uma faca de cozinha. Com essa história de drogas, era difícil saber se o culpado pertencia ao seu círculo próximo.

Suas pálpebras pesadas quase se fecharam. Sua bebida energética não era mais suficiente para mantê-lo acordado. 

Há duas noites não conseguia dormir, o que ressutou em diluir o estresse com lágrimas salgadas que molhavam seu travesseiro até o sono pesado tomar seu corpo.

Suas memórias com Jisung voltaram em um piscar de olhos, e apesar de sua aparente aspereza, Minho estava frágil e apenas uma coisinha o colocou em um estado de estresse insignificante.

Teria mentido se dissesse que não estava nada feliz em ver Jisung novamente, mas em comparação, estava mais irritado do que qualquer outra coisa.

— Bom. — a porta se abriu revelando Changbin com um papel na mão. — Analisamos o cabelo do seu cara.

— Ele não é meu-

— De qualquer forma, temos algo aí.

Ele levantou a cabeça e caminhou em direção ao colega.

— Encontramos o GHB, clássico, então vai ser difícil achar comprador. Por outro lado, encontramos uma pequena quantidade de metoxetamina, cerca de dez miligramas.

— Mas... — Minho franziu a testa — ok, o GHB poderia ter sido ingerido por acidente ou alguém poderia ter colocado na bebida dele, mas o MXE não teria sido mais complicado? E acima de tudo uma mistura dos dois?

— Você não me contou que ele sabia sobre drogas?

— Ele sabe mais que Pablo Escobar sobre drogas, e isso eu confirmo.

— Então ele nunca teria misturado os dois sabendo que era tão perigoso. —Changbin pensou e imaginou diversas possibilidades. — Ele pode ter se injetado sem saber que tinha bebido, ou talvez alguém tenha misturado as duas coisas para nocauteá-lo.

numb to the feeling • minsung | TRADUÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora