ALONZO: Trilogia Príncipes do Crime.

Capítulo 17

Olá mais uma vez. 

O amor é lindo, não?
Que eles aproveitem enquanto podem 
rsrsrs

Depois da intensidade do que tínhamos vivido, foi doloroso deixar Alonzo para trás, mas, segundo ele, necessário, ainda que eu não conseguisse entender o motivo de tal afastamento, afinal eu já era maior de idade e antes disso jamais tínhamos sequer nos tocado, então por que ele não queria assumir um relacionamento comigo? Com certeza, o motivo não era minha idade.

A recusa de Alonzo em me assumir me assustava. Mesmo com ele fazendo mil promessas de que seria apenas por um tempo até as coisas se ajeitarem, ou ainda que não fosse público ele estaria apenas comigo e que o motivo era minha segurança, eu não conseguia acreditar totalmente. Seria mentira?

Minha insegurança partia do fato de que ele era um homem maduro, poderoso, desejado por dez entre dez mulheres, e quem era eu? Apenas uma garota com zero experiência, tanto no campo sexual, como no sentimental. Parei de pensar, eu estava indo para o caminho da paranoia e da insegurança, eu não podia ser insegura a ponto de surtar de ciúmes. Não, eu era a garota que o fazia perder o controle cada vez que o beijava, aquela que o fazia urrar de prazer. Sim, essa era eu, a que ele levou a ver estrelas, literalmente, no momento do seu primeiro orgasmo.

Felizmente, eu tinha zilhões de problemas para me preocupar e resolver, assim, no momento minha mente não tinha tempo para pirar ou surtar, imaginando que ele poderia simplesmente se esquecer de tudo que prometeu e vivemos.

— Chegamos. — Escutei o aviso de Meghan e agradeci, pois eu já estava a ponto de enlouquecer. — O que acha?

— Nossa! — exclamei ao descer e parar em frente ao arranha-céu luxuoso. — Pensei que seria mais simples. Mas isso? É muito.

Por um instante, permaneci sem reação, quanto será que custava o aluguel de um desses e, o mais preocupante, quando eu conseguiria devolver a ele todos esses empréstimos? Sim, porque eu via esse apoio apenas como algo momentâneo, até eu conseguir resolver os problemas mais urgentes e caminhar por minhas próprias pernas. Não importava o quão dura eu estava no momento, algum dia eu agradeceria e devolveria cada centavo a ele.

— O senhor Ferraz jamais a colocaria em um lugar que não fosse à sua altura — Meghan falou, pegando minha mochila, enquanto eu carregava as sacolas de presentes que tinha comprado. — Ele quer apenas o melhor para a senhorita.

Ela seguiu em frente, me apresentando aos vigias, passando senhas e informações necessárias, enquanto eu seguia escutando e memorizando tudo, já que seria ali que eu passaria a morar, talvez, por um bom tempo.

Por ter passado quase toda minha existência longe do meu pai, eu não era muito ligada a ele, mas, como única família, eu o amava e estava ansiosa para voltar a vê-lo recuperado e novamente bem. Eu estava feliz, pois ali não ficaríamos mais separados, eu estaria ao seu lado e o ajudaria a se reerguer. Voltar a ser o homem forte e poderoso que era.

— Onde ele está? — Sem ligar para a exclusiva beleza do lugar, com sua luxuosa decoração, avancei de forma intempestiva, procurando pelo meu pai, minha única preocupação.

— A suíte dele é a primeira do corredor — indicou-me Meghan —, a sua é a última, vou deixar sua bagagem lá.

Agradeci e, observando-a seguir para a seguinte porta, coloquei o ouvido contra a que estava na minha frente, a fim escutar se havia ou não movimento dentro do aposento. Ao não ouvir nada, girei vagarosamente a maçaneta e entrei. Não consegui definir se a emoção que me alcançou foi devido ao fato de vê-lo ali convalescente, ou por ele já ter superado a pior fase.

Ali também pude observar que Alonzo não havia medido esforços, nem dinheiro para que ele tivesse todo o conforto. Em uma cama hospitalar, sob uma luz tênue que vinha de um abajur em uma das esquinas, ele aparentava estar tranquilamente adormecido. No canto oposto, em um sofá, uma enfermeira descansava. Como tudo ia bem, dei um passo para trás, a fim de deixar o lugar. Falaria com ele ao amanhecer.