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Satoru tinha recebido a primeira carta de Kiara, para ele, era difícil ficar sem a menina, estaria mentindo se dissesse que não se apegou a ela, ele se preocupava em como ela estava, se estava se alimentando bem, se estava conseguindo executar os exercícios, era difícil para ele não estar lá para se certificar de que ela realmente estava bem.

Ele ia semanalmente na casa de Tichinaka pegar as cartas que a garota enviava para si, guardava todas elas em uma caixinha especial no seu guarda roupa, ele respondia com outras cartas, e enviava todas em um envelope azul claro, afinal, ele tinha que ser marcante de alguma forma, até mesmo por cartas.

Ele pediu um táxi para ir até a casa de Kiara — e para sua infelizmente, não era para vê-la — o caminha foi tranquilo, monótono, assim que chegou andou pelo jardim em direção a entrada, os jardins que Kiara tanho falava.

Uma das empregadas atendeu Satoru, entregando-o a carta que o vez sair de casa nesse dia. Ele iria ler a carta e amanhã escreveria a resposta, agora ele tinha que investigar por que estavam acontecendo tantas mortes em uma bairro na parte norte da cidade.

Uma missão simples pra o feiticeiro mais forte do mundo

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Kiara agora estava treinando uma das habilidades base, paciência e concentração.

Ela tinha que co seguir se equilibrar em uma pilha de pedras, sua tia disse que isso a ajuda a controlar a própria energia amaldiçoada, ela relutou um pouco, afinal a menina já tinha bastante domínio sobre a própria energia, ou pelo menos achou.

O objetivo era simples, ela só tinha que conseguir deixar a energia amaldiçoada em uma linha reta entre as pedras, para assim mantê-las alinhadas, por 1h

A loira achou que seria fácil, mas caramba, 1h era muito tempo! Ela já estava ficando entediada, e isso fazia com que a caísse várias vezes, tendo que recomeçar a contagem de tempo do zero.

De novo — dizia Daimyan calmamente, com os olhos fechados ainda sentada em cima de sua própria pilha, após ouvir Kiara caindo mais um vez

A mais nova nem se deu o trabalho de responder, apenas começou a montar a pilha de novo, pela 25° vezes? Ela mesma já havia perdido as contas.

Ela recomeçou de novo, e de novo, e de novo mais algumas vezes, aquilo já estava a deixando extremamente irritada, aquilo era impossível! Ninguém além de Daimyan era capaz de fazer aquilo, e a cada caída, Kiara pensava estar confirmando sua hipótese.

—Mais uma vez — própria Daymian tinha perdido a conta de quantas vezes pediu para a menina recomeçar.

Não! — disse Kiara já cansada daquilo.

—Como? — a mais velha disse abrindo um dos olhos, ainda muito calma.

—Isso é impossível! tenho certeza que ninguém além da senhora consegue fazer isso! — a menina dizia colocando para fora toda a raiva que esse exercício a causava — Você fala que minha mãe conseguia, e por isso eu deveria conseguir, mas eu não sou ela! Eu não sou incrível igual ela tá legal?! Eu já entendi! —continuo

—Entendeu o que? — perguntou Daimyan após descer da pilha de pedras, com uma leveza tão surreal que as pedras nem se mexeram

—Que eu não sou tão incrível quando eu pensei! Que eu sou egocêntrica e que nunca vou ser como a minha mãe! — caramba como falar aquilo doía.

Estava tão acostumada a todos dizendo que ela era tão igualmente perfeita como a mãe, que ver aquela esse pensamento se desconstruindo estava sendo extremamente doloroso. Kiara realmente tinha uma mente acima da sua idade.

𝑵𝑶𝑻 𝑺𝑶 𝑾𝑹𝑶𝑵𝑮 • 𝚂𝚊𝚝𝚘𝚛𝚞 𝙶𝚘𝚓𝚘 Onde histórias criam vida. Descubra agora