Capítulo 26

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Ghost - 17 anos

- Se você quiser, a gente vai pra outra parte do palácio e treina, eu adoraria. - Nathan diz segurando minha cintura enquanto eu subo as escadas.

- Continue me segurando assim e eu vou tropeçar! - bufo, segurando suas mãos e o fazendo me soltar.

- Se eu não segurar em algo, quem vai tropeçar sou eu! Cadê o corrimão dessa escadaria? E por que nós estamos subindo escadas?

- Estamos indo até a biblioteca, porra! Esqueceu? Você nunca nem colocou seu pé lá dentro e o idiota do meu marido fica racionando meus poderes, eu poderia só virar pó e aparecer lá como toda vez que ele me chama, mas não! Eu só posso me teletransportar quando ele quer!

- Que tóxico.

- Não é!?

Nathan tropeça e agarra meu braço, olho para ele sem muita expressão.

- Isso é sério?

- Eu avisei que ia tropeçar, você que não me escuta. - ele mostra a língua para mim e eu volto a olhar para frente.

- Santas escadas. Segure em meu braço então, na cintura não pega bem.

- Você nunca se importou. - rebate, mas segura meu pulso mesmo assim.

- Não me importo. - eu volto a subir as escadas - Só estou falando que não pega bem, você precisa parar com essa mania.

- Que tristeza. - ouço uma risada - Não é por culpa do Zazel, né? Porque olha...

- Zazel?... Espera aí, você chama o Za de Zazel?

- É fofo!

- Que amor vocês dois. - não tento segurar a risada baixa que me escapa, não tenho isso com Nathan. Que claro, ri junto.

A grande porta de ferro escuro chama a minha atenção, possui uma rosa esculpida e vidro fumê tapando a visão para a biblioteca. Dou um tapa forte na mão de Nathan e corro até a porta, pegando a chave de uma das cinco correntes que carrego no pescoço e a abrindo.

- Teu maridinho bem que podia colocar um elevador nas sete torres, não acha? Até o inferno do Leviathan tem mais tecnologia.

- Vou conversar com ele sobre isso depois. - eu entro na biblioteca, e as velas se acendem rapidamente.

- Mentiroso.

A luz arroxeada do local toma conta de minha visão, respiro fundo. Isso é culpa do grande vidro roxo que se encontra no telhado e nas janelas, tiro uma luva e estalo os dedos, as janelas se abrem.

- Aqui não deveria ser verde? - Nathan pergunta atrás de mim.

- Deveria, deveria sim. - retiro a outra luva e a guardo no bolso de minha calça, saindo em direção as prateleiras. - Mas você sabe, né? Sete torres, sete irmãos.

- Não, eu não sei.

- Quando eu pedi a biblioteca para Lúcifer, ele mandou fazer ela em uma das torres, para que ninguém ficasse entrando ou saindo, só o meu pessoal. - passo o dedo pelos livros, a biblioteca tem dois andares completos de livros e mais livros.

- E usou a roxa? Roxo não é a cor do Asmodeus? Por que não foi na torre dele que é maior? - ouço passos, Nathan provavelmente está andando pelo local aleatoriamente.

- Pergunte a ele. E sim, é a cor do Asmodeus.

Silêncio.

Ele ri.

The soldier Where stories live. Discover now