Capítulo 25

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Benny 17 anos

Devo ter desmaiado três vezes ou mais durante essa semana, mesmo com chás e massagens, a dor foi infernal.
Apenas Lú entrou no meu quarto durante esse tempo, me consolando de sua forma meio seca enquanto eu tinha crises de choro e me trazendo coisas doces para comer.

Mas, acabou. E a sensação de liberdade pós menstruação reinou.

Olho para a mulher andando ao meu lado, está séria como sempre e mantém a postura reta, tento pegar exemplo.

— Por que se limita tanto?

— Hm?

— Você pode retirar seu útero, ou tornar ele inútil.

— É trabalhoso demais, não sei se conseguiria lidar com mais uma coisa na minha cabeça.

— Ah, criança. O que posso dizer para você? Ainda não aceitou que pode fazer mais do que pensa?

— Quê?

— Se não quiser continuar passando por esse inferno, por favor, me diga que eu posso te ajudar. Honestamente...

— Onde está me levando?

— São seis e meia. Eu deixei minhas crianças na área de treinamento para buscar você, só lhe deixei esses dias pois realmente precisava descansar.

Desvio o olhar, se eu realmente for continuar passando por isso todo mês, as coisas vão ficar mais difíceis do que já são, que lixo.

— Conseguiu ler algum dos livros?

— Eu até tentei, mas a dor tirava toda minha concentração.

— Sinto muito por isso, o conteúdo é realmente maravilhoso.

— Você já leu?

— E reli! Tive muito tempo livre depois de ser escraviz...

— Oi!? — paro de andar e a encaro, Lú sorriu de canto e continuou andando, a segui em silêncio.

— Eu espero que dessa vez, eles tenham me obedecido. — a ouvi murmurar enquanto entravamos em um campo aberto atrás do castelo de Lúcifer — Pedi para esperarem pacientemente.

É a Lú que manda neles?

Nem tenho tempo de olhar para frente, algo é jogado contra a árvore ao meu lado e eu escuto barulho de algo se rompendo, logo, ouço o som desse "algo" caindo.

Eu nem pisquei.

Viro o rosto devagar, É Ghost quem está ali, a árvore caiu para o lado então parece que não a acertou. Ela olha fixamente para frente enquanto limpa o sangue de seu nariz e se levanta.

— Apelo então, filho da puta? Apelo então. — ela estala o pescoço e puxa algumas facas de seu cinto, jogando todas.

Olho para frente, Nathan está longe, sorrindo enquanto desvia das facas, possui duas espadas em suas mãos, uma talvez seja de Ghost. Nenhum de nós dois nota quando Ghost se aproxima de maneira rápida, ela segura o pulso de Nathan, parece torcer seu braço e logo após, chuta sua costela, ele larga a espada.

— São piores que crianças. — ouço um suspiro — Venha, vamos sair do caminho.

— Não vai parar eles? — olho para Lú e a vejo se distanciar, a sigo correndo.

— Contanto que não morram, nos atrapalhem ou que continuem derrubando árvores, por mim tudo bem. Deixe eles treinarem — ela disse tranquila, como se o fato dos dois realmente estarem quase se matando não fosse preocupante.

The soldier Where stories live. Discover now