O sonho

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Pessoal atualizei esse capítulo para vocês poderem ver um pouco das mudanças e me dizerem o que acharam , ok? Eu estou gostando bastante, mas a opinião de vocês a mais importante pra mim. 

bjs

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Um vento frio fez com que os meus cabelos voassem em direção ao meu rosto encobrindo-o. Eu estava sentada diante de uma enorme escada, quando avistei uma mulher de vestido vermelho, colado ao corpo, subir a escadaria do salão. Olhando em volta eu me vi em meio há uma mansão monstruosamente grande. Nesse momento gritei seu nome. Mas apenas eu fui capaz de ouvir minha voz.

Segurando no braço largo e dourado da escadaria, ela terminou os últimos degraus e respirou, acalmando-se, olhando para os dois lados do longo corredor perpendicular à escada. Estava vazio, como era de se esperar. Ela sabia que ninguém entraria ali se não fosse chamado.Adele virou para o lado direito do corredor e seguiu a passos lentos, se sentindo profundamente incomodada com a quantidade de olhares frios que os quadros presos à parede do corredor lhes dirigiam. Cerca de vinte imensas molduras, ao que ela pôde contar, retratavam uma arte medieval sobre todos os grandes líderes que herdaram o trono dos Sams. Entre os quadros uma imagem me chamou atenção. Daniel. O que a imagem dele fazia entre os quadros da família Sams? Percebi que Adele ficou alguns segundos a mais olhando para ele. Por quê?

- Eu a segui a cada passo que ela dava, tentando tocá-la, chamando seu nome. Mas demorou um instante até eu me tocar que aquilo não era real. Pelo menos não naquela hora. Odiei Daniel nesse momento por não ter me avisado.Depois de virar novamente à esquerda no fim do primeiro corredor, ela chegou a uma imensa porta dupla. O piso ralo desapareceu sob seus pés quando seu salto se arrastou por um carpete grosso que sumia por debaixo da imensa porta.Ela ainda ficou um instante ali, observando os desenhos e traços oriundos em alto relevo que estavam gravados na porta de mogno vermelho, até que, apertando as duas maçanetas que se encontravam no centro da porta, ela as puxou. A porta se dividiu em duas enquanto adentravam em um outro corredor, pequeno, que terminava com uma outra porta, dessa vez, blindada e reluzente.Fiquei impressionada ao ver como a mansão conseguia manter seu estilo aos moldes do século XII, sem contar com todo o sistema de segurança europeu mais inteligente implantado severamente por trás de cada parede da mansão. Adele encarou a porta blindada e estendeu a mão para uma pequena ranhura do lado esquerdo de uma faixa negra que contornava todo o perímetro do portal. Lá, ela colocou seu polegar, a unha vermelha sumindo dentro da ranhura.Um segundo depois o dispositivo oculto na parede emitiu um bipe, e uma voz rouca e metálica preencheu todo pequeno corredor.

'' Adele Sams – confirmada. ''

Um chiado profundo saiu enquanto a porta de metal sumia para a esquerda, revelando mais um corredor que sumia escuridão adentro. Adele seguiu a passos lentos, enquanto o carpete abaixo de seus pés sumia junto ao breu que se estendia a sua frente. O chiado da porta blindada se fechando surgiu novamente, às suas costas.Conforme Adele seguia, sua visão foi se adaptando ao local, e ela pôde ver com mais clareza o ambiente em que se encontrava. Estava em uma gigantesca sala circular que terminava numa escadaria ao centro do salão. Adele olhou para o teto, onde um único lustre vermelho irradiava uma luz fraca, quase inerte, no centro exato do aposento. A sala era uma cúpula e, no centro, uma escadaria circular marcava o encontro que ela teria que ter em instantes.

- Adele! Sou eu Lara você não deve entrar ali. Gritei. Mas ela seguiu em frente. Ela não podia me ouvir. Mas eu, ao contrário podia não só ouvir as batidas de seu coração como ouvir todos seus pensamentos e angustias.Aquela era a quinta vez que Adele pisava no chão daquele lugar. Isso havia lhe trazido uma certa fama entre todos os outros moradores da sede que, invejando-a, sonhavam em pisar uma única vez ali, mesmo para ser massacrados pelo regime, o que acontecia inúmeras vezes. Esta estarrecida com tanta informação. Era como se eu estivesse vendo com seus olhos e sentindo com seu coração. Por um instante me senti ela.Adele puxou os cabelos escuros para trás e ajeitou as dobras do vestido apertado. Ela caminhou em direção à escada e parou antes de pisar no primeiro degrau. Esforcei-me ao máximo tentando entrar em sua mente, mas infelizmente não havia nada que pudesse fazer naquele momento. Rapidamente ela ensaiou a mentira que havia inventado há alguns minutos, ainda insegura se a contaria para o tio.Deu o primeiro passo, mais um e mais outro, muito lentamente. Já nos últimos degraus, seu salto vermelho soltou um baque pesado, aparentemente alto demais para não ser notado.

Segredos Mortais - Os GuardiõesWhere stories live. Discover now