Capítulo vinte e sete.

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×Não revisado ainda ×

Aviso: O capítulo tem assuntos sensíveis. O jungkook terá um sonho,onde um dos episódios traumáticos da sua infância será relembrado.

Negligência de cuidados dos pais com ele,mãe alcoolizada e agressão vinda do pai.

Lembre-se,mesmo sendo uma fanfic, você não precisa se forçar a ler essa parte caso não se sinta confortável. Não irá interferir em nada na história.

- Irei marcar a história com esse símbolo: ×××

Fiquem bem,por favor 💗

♤♤P.O.V JEON JUNGKOOK ♤♤

A dor em minha perna era incômoda, mas não reclamei em momento algum. Já tive dores piores em minha vida, o que é um tiro na coxa?

Meu colega de trabalho entra no quarto de hospital, com seu típico sorriso sacana, zombando da minha situação. Eramos próximos, e lidar com leveza nessas situações é o melhor a se fazer.

Eu mato pessoas toda vez que saio para uma missão, é esperado que isso possa acontecer comigo também.

- Vixi, não vai poder brigar com a gente mais em,coringa... - Ele aperta minha perna machucada propositalmente-

- Filho da puta. - tento não demonstrar dor, apenas fecho meus olhos com força.  - pra isso existe telefone. Boto terror em vocês até por chamada vídeo. - O homem me olha, desmotivado pela minha fala-

- Nem brinca...

Viramos nossa cabeça em direção à porta quando S/n passa por ela. Tem dias que estou aqui, e todo horário de visita eu passo acompanhado.

- Amor... Não se preocupe comigo... - digo manhoso enquanto ela se aproxima- pode voltar à sua rotina de trabalho normalmente-

- E deixar você aqui? Nem fudendo amorzinho...

- Ah,que melação... - meu colega diz,arrancando uma risada de todos.-

Com o tempo final de visita,ele se despede de nós dois, e aproveito para tirar um cochilo.

Porém,era melhor que isso não tivesse sido feito.

×× Lembranças/ Jeon 10 anos ××

Minha roupa, suja pelo danininho que eu havia tomado, ainda não tinha sido limpa. Pedi mamãe para me ajudar com isso pela manhã, e agora terei que esperar até o dia seguinte. Nesse horário da tarde, o álcool já tomava conta de cada parte do seu corpo.

Estávamos na sala, e eu, chutava a bola para que batesse no sofá que ela estava sentada, tentando me convencer que cada vez a esfera voltava, era porque minha mamãe estava retribuindo a minha brincadeira.

- Mamãe, você já acabou com essa garrafa... - me aproximo, tirando o litro de sua mão, evitando que ela se machuque com ele -

- Pegue mais uma. - Sua voz estava arrastada, e seus cabelos baguncados. Passei minhas pequenas mãos, tentando arruma-lá - Anda logo!

- Acabaram as garrafas,mamãe... - Digo tristonho, me sentando ao seu lado- Eu estou com dor de cabeça, a senhora pode por favor me fazer um carinho?

Em um momento raro, ela bufa, tirando a almofada de seu colo para que eu posso deitar minha cabeça. Quando ela não está bebendo, sempre tento um pouco de atenção. Sorrio de orelha a orelha.

A dor de cabeça não era real, mas a dor de não ter o carinho de minha mãe, era mais que verdadeira.

Sua mão, fraca e preguiçosa, acariciava os fios lisos do meu cabelo. Após alguns minutos, escuto a porta ser aberta, sinalizando que meu pai estava em casa.

Casada com o comandante do BOPEWhere stories live. Discover now