Capitulo dezenove.

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♤♤P.O.V S/N♤♤

Meus pulsos queimavam, era como se minha pele estivesse em carne vida. Ao mesmo tempo, tentei me mexer, percebendo que eles estavam amarrados com cordas firmes. Abro os olhos com o susto, não identificando aonde eu estava.

Minha boca também estava tampada com uma fita, que só de tentar mover,percebi que estava tão grudada que machucaria meus lábios.

Meus pés e abdômen também eram presos na cadeira dura por cordas. Eu estava completamente imobilizada.

- SEU IMPRESTÁVEL! PEGOU A MULHER DO CORINGA!

Eu ouvia gritos do outro lado da porta, e mesmo tonta, me concentrei para prestar atenção em tudo. Jeon me ensinou a sempre fazer isso.

Os mesmos homens que gritavam, entraram na espécie de quarto em que eu estava, contendo apenas a minha cadeira no meio do ambiente,me encarando raivosos.

Havia tanto ódio em seus olhos... Estou acostumada com homens barra pesada, mas esses me davam calafrios.

Eu não tinha como me defender, o que eles quisessem fazer comigo,fariam.

- Vejo que ta acordada,ne bebê? - Um deles, provavelmente o chefe de tudo, se aproximou de mim- Eu sinto dizer,mas você foi confundida com outra pessoa. Nosso foco não era pegar você,e sim a filha de um CEO filho da puta do RJ. Mas o seu carro é igual ao dela.

Ele tinha maldade em sua voz, e a todo momento ironizava dos fatos ditos.

-Então a parada é a seguinte. - Segura meu rosto com força, me forçando a encará-lo- Vamo matar o coringa quando ele vier,e depois vamos desovar seu corpo no riacho mais próximo. Entendeu,gatinha? - Sua risada após isso me assusta,ele não se importa nem um pouco-

Por favor, chegue logo Jeon...

×××

♤♤P.O.V JEON JUNGKOOK ♤♤

Dentro da Van blindada, eu instrua a todos detalhadamente o que faríamos. Meu sangue fervia, minhas mãos estavam a um fio de apertar o gatilho do fuzil em minhas mãos e matar todos que aparecerem em minha frente até achar minha mulher. Mas eu sabia que era preciso calcular cada passo.

Mas a matança vai acontecer, e hoje,teremos sangue derramado no chão.

Ninguém toca nela.

- Fiquem atentos. Não cheguem dando tiro e atraindo atenção. Entraremos na calada, e quando vierem pra cima de nós, matem na faca. As armas são pro momento final, quando estivermos cara a cara com os comandantes de tudo.

Todos nós posicionamos, as fardas e coletes já estavam em nossos corpos, assim como as botinas, facas e o fuzil pendurado em nosso peito. Todos usamos uma máscara,porém a minha,tampa todo o meu rosto.

Abro as portas traseiras da Van, e todos saímos do veículo. Nos primeiros momentos, andamos em grupo, caminhando com as facas em mãos.

- Levanta a cabeça, não olha pro chão, encaixa o fuzil. - repito uma das frases usadas em nossos treinos, e começamos a subir o morro pra valer. -

Alguns caras vieram nos confortar, mas antes que eles começarem a fazer alarme, os que estavam a frente enfiaram as facas na nuca de cada um e os silenciaram.

Pois quando o BOPE entra no morro, bandido nenhum sai vivo.

Pegamos um dos que parecia ter mais comando sobre os que vigiavam a entrada da favela, e após uma boa chantagem à base de força física, o pegamos de refém para achar o local onde S/n estava.

É claro que o malandro negava a todo custo.

- Vou te dar apenas um aviso,vagabundo. - Digo apertando seu rosto com força em minha mãos- Se tá com medo do seu chefe te castigar,sinto dizer, que se não me disser onde ele está nesse exato minuto, eu mesmo mato você sem precisar usar arma nenhuma. Ouviu bem?

Ele afirma, baixando a guarda diante da minha ameaça. Chegando até o local que nos foi mostrado como o destino, minha faca tomou rumo ao seu pescoço, o degolando enquanto uma de minhas mãos abafada seu grito.

Foi deixado na porta do local,como aviso a qualquer um que passasse ali.

- Você foi avisado, que se hoje tu grita nome de facção, amanhã tua mãe vai te ver no caixão. - digo rindo,antes de chutar seu corpo uma última vez.

Eu ,juntamente à cinco homens, entramos pela porta principal, enquanto os outros procuravam locais escondidos para se enfiltrarem. As minha botinas,antes pretas,agora estão manchadas de sangue,assim como meu colete e minhas mãos.

Tudo sem fazer nenhum barulho.

Ouvimos vozes no local,vendo três homens conversarem entre si.

- Coé menó,agora nois tamo fudido, ela é mulher do coringa... - Um deles pronuncia, e ali meu sangue ferve. Ela está aqui. -

- Papo reto,amigão. C tá fudido mesmo. 

Após minha fala,eu e mais dois caras disparamos tiros certeiros em suas cabeças.

Agora sim, tá avisado que o caveira chegou.

Continuei andando pelo local,procurando minha pequena. A guerra foi iniciada,e qualquer um que entrava em minha frente, levava bala.

Em dado momento, após balear alguns homens que estavam de vigia em uma porta afastada, andei devagar, tentando olhar o que estava por trás dela.

Ouvi alguns gritos abafados. Eram dela.

Arrombo a porta com apenas um chute, posicionando o fuzil de forma que eu atirasse assim que avista-se o que estava ali.

Minha pequena.

Minha pequena, amarrada .

Minha pequena, com uma arma posicionada ao lado de sua cabeça.

A face do chefão estava na mira do meu fuzil. Mas eu não podia atirar.

- Acho melhor me matar. Pois se eu te pegar, você tá morto mermão.

Minha fala era carregada de ódio, mas eu estava calmo. Meu nível de raiva está tão alto que eu mato qualquer um que chegar perto.

Vamos ver se esse filho da puta aguenta jogar comigo.

Casada com o comandante do BOPEOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz