Vazio

1 1 0
                                    

Noro passou um bom tempo dentro do corpo do gigante caído. Na verdade, ele já se acostumou com o cheiro horrível e todo o resto; até que é quentinho.

Deixando isso de lado, Noro estava pensando em algumas coisas:

'Será que vou conseguir derrotar uma criatura desse nível mais pra frente? Acho que não. No final das contas, só consegui por causa do fragmento da Pantera.'

Noro se ajeita lá dentro enquanto pensa.

'Acho que estamos quites. Eu me vinguei por você, e você me salvou.'

Noro sente tudo tremer, fica curioso e dá uma olhadinha pela fresta da barriga. Ele está no céu, voando.

'Uau.'

Noro observa a vista enquanto o pássaro carniceiro enorme carrega o cavalo de troia. As colinas vistas do alto até que são bonitas; o tom de vermelho não é nada mal.

'Preferia que tudo isso aqui virasse pó,' diz Noro, olhando para as colinas.

O pássaro sobe e voa para cima da montanha mais alta dali, com mais de 6 mil metros de altura, um verdadeiro monte. Quanto mais ele sobe, mais difícil fica respirar, já que o ar muda.

'Ah... nunca tive essa sensação antes... parece que vou desmaiar.'

Após alguns minutos de voo, eles começam a rasgar as nuvens, passando por elas e ficando acima, vendo o topo da colina que rasga os céus. Mas, em cima dela, há algo surpreendente: o pico da colina, feito de carne como esperado, mas com uma espécie de construção nela, uma bem rústica, parecendo ter sido feita por mãos humanas, um palácio. Esse palácio é negro e parece estar caindo em ruínas... abandonado.

'Eu... não esperava por isso...'

O pássaro efetua um rasante e joga o corpo do gigante em sua toca, uma caverna enorme um pouco mais abaixo do enorme palácio, mas não entra depois.

Noro espera alguns minutos para ter certeza e depois sai do corpo do gigante, olhando em volta.

'Então aqui é a toca desse bicho, né?'

Ele está em uma caverna escura, e ela aparenta ser extensa.

Noro começa a caminhar para o fundo da caverna, movido pela curiosidade.

'Estou com a impressão de que descobri algo incrível agora.'

Ele segue pela escuridão, sentindo-se bem ali, já que consegue enxergar perfeitamente. Então, ele para, paralisado ao ver diversos sigilos por toda a caverna, símbolos que ele não consegue entender, complexos demais e que dão uma sensação estranha para ele.

'Ta... por que quanto mais eu descubro, mais parece que não descubro nada?'

Uma estranha sensação começa a consumir o corpo de Noro, como se um ar pesado começasse a entrar em seu corpo e se tornasse um com seu ser.

Ele caminha pela caverna até que encontra, no final dela, um punhal e uma folha rasgada, escrita em um idioma estranho. Mas, o olho novo de Noro começa a doer, e escrito de vermelho, a tradução daquela folha aparece na frente de Noro, formando uma frase:

“Um punhal que certa vez perfurou o coração de uma entidade injustiçada que se tornou um demônio, um que foi traído e excluído, solitário e sozinho ele se foi. Derrame seu sangue com esse punhal, e ele se sentirá saciado.”

'Ok... muita informação, mas pouca ao mesmo tempo,' pensa Noro, pegando o punhal.

'Acho que eu deveria dar uma olhada no castelo.'

Ele sente uma sensação muito estranha pegando esse punhal, como se estivesse conectado a ele.

'Que coisa...'

Forgotten Fragment Where stories live. Discover now