Dia de Caça

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Noro está andando pela floresta, seus passos guiados pelas sombras, sempre atento e olhando para todos os lados, com passos silenciosos passando por trás de cada árvore.

Isso continua por alguns minutos, que rapidamente se tornam horas.

'Pensei que seria mais fácil encontrar criaturas… mas até agora não achei nenhuma'

Na verdade, isso preocupa Noro.

'Era para ser lotado… será que tem algo tirando elas da Floresta'

Noro se lembra do grande pássaro monstruoso que deixou seu filhote para trás, e também da visão que teve no corpo da sua primeira vítima.

'Hmm… será que eles estão indo embora da floresta? Isso significa que possa haver caçadores por aqui, não é?'

É claro, poderiam ser sim caçadores afugentando as criaturas da floresta carmesim, mas ela é muito extensa, caçadores não afugentariam monstros de toda a floresta.

Claro, isso considerando que não tem monstros mais ao longe.

'Não, eu tenho certeza que deve haver monstros em algum lugar'

Em breve, está quase anoitecendo, o sol está se pondo e o dia indo embora.

'É sério isso? Andei tudo isso… para nada?'

Noro andou, andou muito, o dia todo, está cansando, mas pelo menos fez pausas pelo caminho. Sua barriga está roncando, pois ele escolheu não comer o bebê pássaro.

'Eu não poderia comer um filhote…, além disso, eu… ah… eu não acho certo?'

Noro não entende o porquê não achar certo, mas ele não quis comer, e então não comeu, simples assim.

'Bom, já está escurecendo, é melhor que eu volte para o abrigo… já que não tem nada nessa maldita floresta'

Nisso ele começa a sua caminhada para retornar, o por do sol deixa a floresta carmesim estranhamente bonita, mas, ao mesmo tempo,,, solitária, a luz solar carmesim toca as folhas cor de sangue fazendo com que elas criem sombras marcantes no chão.

'Até que não é nada mal hein'

Por alguns instantes Noro se distraí, e abaixa sua guarda andando normalmente por um tempo. Talvez seja por ignorância ou mesmo por arrogância, mas não tem nada na floresta não é? O que poderia dar de errado…

A resposta é... tudo. De repente, algo cai do ar com uma velocidade surpreendente, rasgando o ar com sua garra que mais parece uma lâmina afiada que poderia cortar e retalhar o corpo de Noro ao meio. 

Pela sua desatenção Noro se move meio segundo mais lento do que deveria, assim que ele esquiva para trás a lâmina lançada em sua direção corta seu ombro de raspão.

Um corte não muito fundo, mas ainda prejudicial, faz sangue escorrer do ombro cortado de Noro.

E assim a coisa que pousa em sua frente o encara, uma espécie de inseto grotesco, com enormes pernas cheias de pelos estranhos, contendo 4 longas e finas pernas, com seus bizarros e enormes olhos compostos por milhares de mini retículas, ela tem duas assas de insetos que parecem estar rasgadas, essa criatura aparenta ter mais de um metro de altura, sendo apenas um pouco menor que Noro. Ela está de pé, seu tronco é fino e longo, seus braços grotescos são longos com afiadas lâminas feitas de sua própria carne no lugar de suas mãos.

Noro se joga para o lado caindo no chão, uma das lâminas passa por onde estaria seu pescoço rasgando o vento, em seguida Noro joga todo o peso do seu corpo para trás rolando, enquanto mais uma vez o enorme inseto erra seu corpo acertando o chão fazendo com que lama espirre para o todos os lados.

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