Queria muito sair dali o mais rápido possível. A biblioteca estava vazia. Pelo contrário do que pensou, Chaeyoung não a seguiu ou fez perguntas, apenas disse que iria esperar lá fora.
Olhou para Haewon e viu a mesma olhando para os pés.
-- Haewon, eu realmente preciso ir em bora.-- Nada. Ela abre a boca mas logo fecha, me levanto da cadeira querendo fugir do local desconfortável, cansada de esperar por uma resposta que nunca vem, Haewon implora com olhar.
-- Não fuja, por favor.-- E então sua súplica encontra sua voz, que soa ansiosa como nunca.
Chaeyoung ainda espera. Eu ainda quero correr. Mas meu corpo anseia pelo contrário. E sem forças nas pernas, eu caio sentada no mesmo lugar de antes, a cadeira metálica amparando meu corpo quando a decisão é tomada. E eu não fujo.
-- O que aconteceu? -- Mais uma vez, Momo pergunta. Com o rosto em minhas mãos enquanto eu curvo meu corpo com meus cotovelos apoiados na mesa, eu não vejo a expressão de Haewon quando é ela que responde.
-- Não foi nada. Como você está?
Estranhou muito ter a preocupação de Haewon em cima de si. Ou ela só está fingindo mesmo.
--Melhor que você, pelo visto.-- Se referiu aos machucados causados por si. Sorriu ao lembrar da experiência incrível de socar uma das Reginas Georgia.
Dessa vez, nenhuma resposta vem. O silêncio volta a nos dominar até que o som de uma cadeira arrastando o invade, seguido pela voz de Miyeon, e logo ao lado vejo Chaeyoung com uma carranca em seu rosto. Que merda elas queriam?
-- Então...-- Ela começa, receosa.-- Péssimas notícias.
-- Sua avó morreu?-- Miyeon questiona, horrorizada.
Quase deixo escapar minha risada com a rápida olhada de julgamento da Haewon para Miyeon.
-- Vocês vão falar ou tá difícil? tenho hora pra chegar em casa, porra.-- Chaeyoung diz, com secura.
As duas pareciam chocadas, mas antes de Miyeon se exaltar, Haewon segurava em seu ombro.
-- Primeiramente, eu queria me desculpar pelo que fiz. -- Ela olha para Miyeon a procura de algo.
-- Eu também. Segundamente, quero que se fodam. -- Miyeon reclama pelo tapa em seu braço desferido por Haewon que a olhava incrédula.
-- Eu não vou aceit... -- Chaeyoung foi cortada por mais uma pessoa chegando na biblioteca. eu não estou brincando quando eu falo que Chaeyoung acompanhou Mina da porta até a cadeira ao meu lado sem piscar.
-- Oi, meninas.-- Diz ela cheia de sorrisos. Todas nós meio que sussurramos um "olá", e ela diz:
-- Acho bem ótimo vocês estarem apoiando umas às outras. É uma parte muito importante do trabalho. -- Eu e Chaeyoung franzimos o cenho, confusas pela fala repentina de Mina. Diferente de Haewoon e Miyeon que não se chocaram nem um pouco. -- Haewon... Você falou pra elas, não foi?
-- Que trabalho? -- Mina lançou um olhar desapontado para as duas meninas que pareciam sem jeito com o olhar.
-- Como vocês brigaram, o diretor ficou furioso, iria dar um jeito de expulsar uma de cada vez. Eu, como a pessoa mais incrível do mundo, implorei para ele dar mais uma chance pra vocês.
-- E o que o trabalho tem a ver com isso?-- falei, confusa.
-- Ele mandou a gente a fazer um trabalho sobre o perigo dos roubos de lojas. Essas coisas de vícios, Tipo um programa.
-- A vai se fuder, não vou fazer isso. -- Digo.
-- Você vai sim, se não todas nós vamos ser expulsas.-- Foi a vez de Chaeyoung falar, era óbvio seu interesse para ficar mais próxima da japonesa, palhaça descarada. -- Você não faz nada mesmo.
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Angel fallen by love • Dahmo
Random"Hirai Momo, uma umbandista desencantada pela vida após ser abandonada pela mãe devido ao preconceito religioso, embarca em uma jornada de autodescoberta ao se mudar para uma nova cidade. Seu mundo colide com o de Dahyun, uma evangélica e filha de u...