[1] Aceitação.

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-- Nunca, vou aceitar isso de você Hirai, quero distância de você! Você é um erro assim como sua irmã, Hirai, um erro! Eu realmente não sei onde eu Errei, para ter uma filha, como você. -- Essas palavras pareciam como facas atravessando seu abdômen, e doía mais ainda quando via quem falava isso. Com os olhos marejados, fitou a sua mãe que lhe olhava sem nenhum remorso aparente. -- Sinto ânsia, só de olhar para seu rosto Hirai.

É, essa foi a reação da minha mãe ao saber que entrei para um terreiro de Umbanda, e segui o caminho como o da minha irmã. Eu chorei bastante, chorei muito mesmo, me lamentei, pensei até em desistir de tudo e entrar para a igreja, mas não desisti, e a cada pessoa que cometia intolerância religiosa eu entrava mais nesse novo mundo.

Me disseram que eu estava errada, que eu me arrependeria, que era coisa do diabo!

Mas toda vez que eu chorei, ela estava lá pra me consolar e me dizer que ficaria tudo bem, ela juntou todos os pedaços do meu coração quando eles se espalharam!

Como mal dizer de um espírito que tanto me valeu?

Se eu estiver errada, prefiro continuar no erro!

Mas no fundo eu sei, que de erro não tem nada!

Quando eu pensei em desistir, ela segurou a minha mão, quando eu sorri, ela me ensinou a gargalhar! O que seria de mim sem o seu bailar, que tanto me alegra nas noites de luar! Aí de mim se não fosse ela, aí de mim se não tivesse ela nos meus caminhos!

E como ela mesmo canta "Mas a língua desse povo não tem osso, deixa esse povo falar!" Eu só tenho a agradecer, por cada conselho, cada palavra, cada sorriso, cada encanto!

Pois se não fosse tua magia, talvez eu nem aqui estaria!

Podem me julgar, me culpar pelos erros deles mesmos, endemonizar, debochar!

Meu amor pelo senhor continuará o mesmo, pois só eu sei, tudo que já fizeste por mim! Gratidão define tudo aquilo que eu gostaria de dizer.

Decidi me mudar, até porque eu já tenho 19 anos, não poderia ficar para sempre na sola dos meus pais que sempre cagaram e andavam pra mim, morei por um bom tempo na casa da minha melhor amiga, Nayeon, até escolher um bom lugar para ficar.

Fiquei lá por 5/6 meses, logo encontrei um apartamento incrível! E ainda era perto do terreiro que eu frequentava.

Tudo estava indo bem e perfeito, assim como nos contos de fadas, mas como nem tudo é flores, eu ainda não havia arrumado um emprego. Conseguia dinheiro com trampos e com amigos.

Precisava de um emprego, o mais rápido possível.

[...]

-- Sinto muito senhorita, mas não temos mais vaga. -- Ele fingiu um sorriso. Assentiu, saindo da livraria com raiva. já era o quinto lugar que procurava e falhava.

Queria ir embora, mais seu instinto a mandou ir para uma sorveteria.

Avistou uma sorveteria, logo do lado uma igreja, não ligou e seguiu seu caminho para seu tão sonhado sorvete de menta com chocolate. Mas sou eu né, claro que não ia ser tão fácil assim.

Atravessei a rua e fui em direção ao meu destino, quando menos esperei fui parada por um garoto alto e sorridente.

-- Com licença, posso tomar um minuto do seu tempo? -- Eu normalmente falaria um "não" bem lindo, mas decidi ser educada.

-- Não, obrigada. -- Forçou o sorriso.

-- Obrigado! Bom, eu sou o Heechan muito prazer! Qual o seu nome? -- ele perguntava eufórico.

Angel fallen by love • DahmoWhere stories live. Discover now