[5] Nothing's new.

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Certo, de alguma forma o dia estava sendo agradável. Sem farpas, sem seres humanos, sem automóveis e sem eletrônicos, apenas Momo e a natureza.

Com a mente em um lugar que nenhum fenômeno possa explicar, Momo desperta com o som estressante do despertador.

Era só um sonho.

Com o cérebro e seu corpo ainda bombardeados pelo recém atormento, coçou os olhos com as costas das mãos. Esticou seu braço e pegou seu celular. Seus olhos fechando na medida que tentava os abrir para verificar as horas no mesmo. Xingou quando conseguiu.

-- Inferno. -- Resmungou ao ver que nem mesmo havia amanhecido direito. Bendita hora que decidiu vencer aquela corrida ridícula de espermatozóides.

E lá vamos nós á nossa rotina matinal. Com farpas, com seres humanos, com automóveis, e com eletrônicos te enchendo a porra do saco.

Já estava indo para aquela prisão (Faculdade) há quase um mês. Já tinha amigos, inimigos, colegas, professores favoritos e professores não favoritos. E estava sendo um saco. Não estava tão ruim, mas também não estava bom.

Tirando o fato de que os professores faltavam mais do que os próprios alunos, era até que de boa.

Sorriu ao se olhar no espelho de seu banheiro, estava linda como sempre. O cabelo agora misto, contendo preto no superior e um branco creme no inferior. Sabia que sua cota de pintar o cabelo era pouca e que poderia cair a qualquer momento, mas quem liga, né?

Estava até pensando em pintar as partes loiras de vermelho... Não era uma má ideia.

Embora decidisse sobre esse ponto, ela foi
subitamente eriçada pelo som da campainha
e seu humor palpitou um pouco com a ideia
de que fosse a Chaeyoung.

Já estavam tão íntimas que tinha medo de estar forçando ou não. Era muito extrovertida, acabava que criava intimidade tão rápido que poderia a deixá-la desconfortável. Todavia, iria perguntar diretamente a ela.

Mas logo essa ideia foi repelida e seu vigor foi afetado de maneira muito diferente quando viu Chaeyoung adentrar à sala. De modo apressado, ela imediatamente começou a falar sobre a quase-namorada dela, atribuindo sua visita a um desejo de surtar sobre um simples "Você vai hoje?:)"

-- Eu iria dizer para você ficar a vontade, mas vejo que não é necessário. -- Abraçou a amiga que logo retribuiu o carinho.

-- Eu acho que ela me quer. -- Disse convencida, fazendo momo sorrir em discordância.

-- A japonesa estranha do grupinho das Reginas Georgias?

-- Ela não é estranha! e sim o ser humano mais lindo que já pisou na terra. Sério, eu tô apaixonada por ela. -- A frase melosa fez Momo a julga-la por um tempo. Parando apenas para verificar a hora em seu celular e puxar a amiga para fora de casa.

(...)

Chaeyoung é um cachorro.

Ao olhar para a citada, revirou os olhos. Como poderia ser tão cadelinha de uma garota que tá literalmente cagando e andando para sua existência? Pois é, Son Chaeyoung era essa cadelinha.

Mina estava no fundão conversando com o grupinho das Reginas, mesmo estando todas em uma biblioteca que por sinal foi obrigada a ir. Chaeyoung, nem disfarçava o crush nada secreto pela garota. Só faltava quebrar o pescoço para conseguir ter uma vista melhor da japonesa.

-- É sério Chaeyoung, você tá quase babando. -- O tom sério poderia confundir qualquer um pensando ser verdade. -- Não acredito que me obrigou vir até aqui pra ver essa coisa.

Angel fallen by love • DahmoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora