QUANDO uma onda misteriosa de desaparecimentos começa a avançar sobre os habitantes de uma pacata cidade, cinco adolescentes vêem a si mesmos bem diante do olho da tempestade.
Após descobrirem que uma de suas colegas foi vítima da maldição que assol...
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A LUTA de Nathan pela sua própria vida se prolongava cada vez mais. Seu coração palpitava freneticamente em seu peito, seu cabelo estava ensopado e seu rosto suado brilhava.
Sua respiração parecia sobrecarregar cada vez mais os seus pulmões a cada passo dado pelo garoto. Às suas costas o monstro continuava a segui-lo de maneira radical.
Por meio dos escombros da ruína de um passado totalmente destruído, Nathan se vê impotente. Seus passos começavam a ficar lentos enquanto os da besta pareciam ficar mais e mais rápido, como em um pesadelo impossível de escapar.
Seus pés mal conseguiam se fixar no terreno, cada passo se tornava desajeitado e instável, como se o próprio chão lutasse para que o garoto não conseguisse se libertar.
Nathan dispara por cima dos montes de entulho e adentra o interior da corroída casa. A sola de seus sapatos parecia queimar, como se o incêndio que em algum momento assolara o lugar ainda existisse ali de uma maneira sobrenatural e inexplicável.
O ar estava impregnado de uma mistura de cheiros, entre eles cinzas, podridão e desolação. A sensação de permanecer naquele lugar causava náuseas. O olhar do menino procurou algo ao seu redor, mas nada que lhe garantisse alguma segurança parecia estar visível.
Refugiado no pequeno e primeiro cômodo que conseguiu encontrar tudo parecia perigoso. Seus músculos estavam tensos, sua mente doía e seu corpo parecia estar sendo pressionado pela escuridão quase física que o cercava.
Seu medo era visível, seu temor quase palpável. Cada mínimo som, cada ruido e cada estalo se amplificava um milhão de vezes no silencio devastador da consciência do garoto.
Seu corpo estava arrepiado, sensações e imagens terríveis não paravam de invadir sua mente sem a sua permissão – lembranças de um incêndio que nunca viveu, de uma destruição que nunca testemunhou –.
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O tempo parecia passar devagar, os segundos se prolongavam cruelmente, como se na tentativa de destruir qualquer esperança de fuga que ainda pudesse porventura habitar o corpo e alma de Nathan.
