QUANDO uma onda misteriosa de desaparecimentos começa a avançar sobre os habitantes de uma pacata cidade, cinco adolescentes vêem a si mesmos bem diante do olho da tempestade.
Após descobrirem que uma de suas colegas foi vítima da maldição que assol...
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AS AULAS da manhã correram como o planejado. As duas primeiras foram de geografia e a terceira havia sido de história. A refeição na hora do intervalo estava tão caprichada que os estômagos da maioria dos alunos estavam totalmente cheios quando eles regressaram para a última parcela de aulas do dia.
Chloe, a representante de classe, não se lembrava de ter adormecido, porém foi capaz de lembrar de ter tido um dos piores sonhos de toda a sua vida.
As ruas estavam diferentes, pareciam um bairro onde a garota nunca havia passado antes. A chuva se chocava violentamente contra o solo, mas por algum motivo em seu sonho a menina não se molhava.
Chloe já havia se acostumado com a ideia que conseguia frequentemente ter sonhos considerados lúcidos o problema, porém era o conteúdo deles. Fazia dias que a garota havia começado a ter sonhos estranhos, perturbadores.
Vozes na escuridão sussurravam coisas na maioria das vezes incompreensíveis, mesmo após tantos sonhos repetidos a jovem conseguiu interceptar apenas duas palavras. Maldição e Portal.
Chloe nunca se considerou uma pessoa bastante criativa então por isso sabia que aqueles sonhos não poderiam ser obra de sua própria imaginação. O pior de todos, porém ainda estava para acontecer.
A menina continuou caminhando sem nenhuma pressa pelo labirinto de ruas que pareciam cada dia mais diferentes desde o primeiro sonho. Em sua mente as vozes começaram a cochichar.
"Isso não é real" disse a garota impacientemente para si mesmo.
"É só mais um de seus pesadelos diários".
A chuva continuava a cair com força. Após o que se pareceram alguns minutos a menina finalmente chegou em um lugar que parecia habitável.
Uma pequena loja de mercearia estava praticamente intocável do outro lado da rua.
Chloe correu o olhar pelo resto da paisagem. Havia uma espécie de musgo ou raiz de arvore se espalhando por quase toda a extensão da cidade.
"Isso é tão nojento".
Tentando evitar as raízes a menina caminhou até a entrada da pequena loja. Tudo parecia em perfeito estado. Uma sensação incômoda começou a surgir na mente da garota, ela já tinha ouvido falar daquele lugar, só não conseguia se lembrar de onde.
Chloe continuou a andar por entre as prateleiras da loja. Aparentemente nada parecia estar fora do lugar.
