QUANDO uma onda misteriosa de desaparecimentos começa a avançar sobre os habitantes de uma pacata cidade, cinco adolescentes vêem a si mesmos bem diante do olho da tempestade.
Após descobrirem que uma de suas colegas foi vítima da maldição que assol...
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LUCAS SALTOU para o lado quando as garras da fera passaram uivando próximo aos seus cabelos.
O garoto conseguiu manter o equilíbrio a tempo de desviar da segunda investida.
O monstro agora pressionava com mais intensidade, como se o ataque o tivesse atingido bem no ego. O garoto corria em círculos, desviando de destroços, pulando sobre moveis que outrora serviram de decoração para a casa, usando pedaços de pisos e madeiras como escudos.
As habilidades atléticas do jovem foram responsáveis por salvar sua vida no mínimo duas vezes em um curto período de um minuto e meio.
A besta estava sedenta. Seus olhos vazios permaneciam vidrados no menino de maneira demoníaca, a própria escuridão parecia se curvar a cada passo dado pela criatura.
O zumbi saltou, suas pernas longas atingiram Lucas na altura da cintura, que caiu indefeso no chão. O monstro sorriu triunfante.
O garoto já se despedia mentalmente de seus entes queridos quando um pedaço de pedra atingiu a criatura na região da orelha direita, o zumbi se virou confuso.
Chloe segurava um amontoado de pedras que havia juntado entre os destroços gerados pelo tempo e batalha, suas pernas balançavam em sincronia, seus dedos assim como suas mãos estavam começando a ficar dormentes.
“Deixe-o em paz!”
O monstro mostrou as presas, de sua boca saiu uma língua fina e nojenta. Lucas aproveitou o momento para golpear a besta próximo ao quadril. O zumbi gemeu e atacou com raiva. O corte atingira apenas a blusa do garoto, a rasgando em um formato de X.
Os pelos do menino se arrepiaram e um calafrio percorreu sua espinha, seu peito queimou com o golpe de raspão – algo na mente do garoto agora sabia que um golpe em cheio seria fatal –.
Lucas se levantou, vacilante, o golpe embora de raspão havia desestabilizado totalmente a postura do garoto. Sua guarda estava baixa e seu raciocínio agora estava mais lento, o monstro parecia saber que a ansiedade estava começando a se apoderar do corpo e mente do jovem, a besta sorria em deboche.
“Posso fazer isso o dia todo” gemeu o garoto.
A criatura avançou, ao fundo Chloe gritou inutilmente na tentativa de distrair o ataque. Lucas tentou uma finta que estava acostumado a utilizar no basquete, mas seu corpo não seguiu seu cérebro.
O garoto perdeu o equilíbrio, seus olhos se arregalaram e tremeram enquanto o monstro continuava a se aproximar. Lucas tentou virar seu corpo, mas estava sem forças, em um lampejo de puro pavor, sentiu a palma gelada e grudenta do zumbi atingindo seu peito com uma força brutal.
