AS ESTRELAS agora já começavam a inundar o vasto céu de quando Isabella e Charles decidiram pedir um lanche na hamburgueria próxima as calçadas do centro.
O lugar estava calmo.
Algumas poucas famílias comiam animadamente os seus pedidos, outros clientes solitários também apreciavam com entusiasmo o prato no qual pediram.
O clima agradável daquele começo de noite trazia uma sensação quase de estar vivendo um filme para Isa.
A menina coloca os braços no balcão e apoia o próprio rosto neles. Charles observa com atenção.
“Ele não tem culpa” assegurou.
Isabella tapou os dois ouvidos.
“Eu não quero saber dele” respondeu com a voz seca.
“Você não deveria ser tão dura com seu próprio pai, pequena” alertou o homem que agora limpava os óculos em um lenço que tirara do bolso.
A menina vira o rosto para o lado contrário de onde o homem estava.
Os bancos vermelhos desgastados se destacavam na acolhedora hamburgueria.
Do lado de fora algumas pequenas luzes na cidade cintilavam fracamente, criando um ambiente tranquilo e aconchegante.
Isabella lança um olhar melancólico para a família animada que dava gargalhadas na mesa as suas costas.
Ninguém ali parecia estar genuinamente preocupado com o que estava acontecendo na cidade ou ao menos era essa a imagem que queriam passar.
Em um momento - de relance - Isabella conseguiu ver uma idosa e uma criança conversarem ansiosos a respeito de seguir por um caminho levemente mais escuro que as demais ruas do centro da cidade.
A menina se questionava se deveria mesmo culpar seu pai.
Ele teria realmente alguma escolha?
Seria certo escolher ela entre os milhares de habitantes que vivem na cidade?
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03 dias
HorrorQUANDO uma onda misteriosa de desaparecimentos começa a avançar sobre os habitantes de uma pacata cidade, cinco adolescentes vêem a si mesmos bem diante do olho da tempestade. Após descobrirem que uma de suas colegas foi vítima da maldição que assol...