CAPÍTULO 13 |final|

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K A R I O

Olho para a pequena garota, e simplesmente acho ela uma coisinha perfeita. Sou muito sortudo, que minha primeira filha seja uma garota, apesar que não me importaria se fosse um garoto, mas, quando é uma garota, sabemos que a deusa ama e abençoa a união, e que deseja graça e bonança nas nossas vidas.

Eu agradeço de coração, e fecho os olhos imaginando como seria levá-la a gruta e lavar sua cabecinha careca, na nascente do rio Wodala. Meu coração se aperta, e sinto uma lágrima rolar no meu rosto com uma angústia impactante, porque é injusto não ter direito sobre algo tão importante para mim, e minhas crenças.

— Querido. – Andréia chama minha atenção, sua aparência cansada e bonita, me faz se sentir ainda mais angustiado. — O que sente? – Se preocupa, e nego dando o sorriso, não querendo preocupar minha garota com essa situação.

— Ela é tão bonita. – Comento acariciando o rosto da minha mulher, e em seguida da minha bebê. — minhas duas garotas são perfeitas demais. – admito, deixando a angústia se acalmar em algum lugar, e querendo aproveitar o momento.

Meus planos para o futuro enquanto ainda estava na ilha, era bem ambicioso. Eu queria uma mulher apenas para mim, e pretendia usar um recurso que provavelmente minha mãe não iria concordar, que seria um contrato de exclusividade. Eu poderia oferecer tudo o que ela precisasse, e ela não poderia querer outro marido ou amante. Eu sempre fui possessivo, e não muda quando se refere a minha mulher e agora filha. É tão irônico que agora tenho minha mulher, ela é apenas minha e estamos construindo uma família juntos, e em questão de posses eu não tenho 1% do que já possui, porém, em relação aos orgasmos, eu ofereço com gosto o suficiente para reiniciar a pulseira antes do fim do dia.

— Claro que é linda. É uma princesa. – Sorriu toda apaixonada, e adoro minha mulher em silêncio.

Assistir ela amamentar Alice, foi um dos sentimentos mais intensos que já senti. Acho que por toda a gravidez, eu não fazia ideia do que sentiria nesse momento, mas, foi incrível, apenas isso pode definir a sensação que senti, e só piora com cada simples movimento que a pequena faz com suas mãozinhas gorda, ou esses lábios que mais parece uma bolhinha brilhante.

Elas são minhas. – Sorri amando meu tesouro, aqui em um único lugar.

— Podemos entrar? – Mag colocou a cabeça na porta, acompanhada do meu irmão.

— Sim! Porra amiga. Não acredito que não deixaram você e o Kaled entrar. – minha mulher reclama, porque queria todos na hora do parto.

— Tudo bem Déa. Ainda quero convencer a minha Mag a me dar um bebê, e talvez se ela visse de perto os gritos que deu, eu perderia a oportunidade. – Kaled disse seriamente, e passamos uns trinta segundos para entender que realmente meu irmão fez uma piada com a cara da minha mulher.

— Eles crescem tão rápido. – Andréia fingiu secar uma lágrima, enquanto sorri para minha cunhada e irmão.

— Tô nem aí pra vocês, e o humor do meu namorado. Eu quero ver minha nenê. – Mag veio se aproximando toda hesitante, e sai de próximo ao pequeno berço, e vou sentar junto da minha mulher, para deixar que o primeiro príncipe e sua rainha vejam e abençoe nossa filha. — A meu Deus! Que coisa mais linda. Quero morder. – Declarou dando um riso emocionado, e meu irmão se aproxima baixando ao lado do berço para olhar a bebê.

Kaled tem o olhar brilhante, e me olha uma e duas vezes antes de voltar a olhar pra bebê como se não tivesse acreditando que ela estava ali. Me pergunto se meu irmão já tinha visto um bebê recém nascido em sua vida, e pela expressão extasiada que ele carrega, ao passar o dedo na careca da minha filha, tenho quase certeza que não.

PRÍNCIPE TENTADOR |+18|Where stories live. Discover now