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- Quero me abrir com você.

- É só falar, sempre vou te ouvir, você sabe - Ela diz, a voz é um pouco falha por causa do choro.

- Mas não sei como quero falar - Digo com pesar de ver ela daquele jeito. E saber que eu faço isso com ela.

Estamos na minha casa, é uma segunda feira de feriado, e nossos pais resolveram sair juntos, pra variar.

- Não chora, por favor, me doe muito te ver assim.

- Você tá me fazendo chorar.

- Eu sei, e quero te fazer sorrir agora - Digo com um sorriso sereno no rosto, que faz Helo dar uma risadinha em meio ao seu choro desesperado.

O choro dela é muito dramático, ela chora tanto que chega a soluçar e perder o ar, me deixa maluco ver ela assim porque parece que ela tá sofrendo muito, mas as vezes é só uma coisa boba.

- A maluca da Amy apareceu lá em casa e me ameaçou de me procurar de outra forma se eu não mandasse mensagem pra ela - Digo na lata, com Heloísa me olhando com uma cara de poucos amigos.

- Eu vou acabar com essa palhaçada agora Jobe - Ela diz pegando o celular e limpando as lágrimas.

- O que você vai fazer? Não faça nada sem pensar Helo.

- Eu to pensando sim, pensando na gente, no nosso futuro, eu duvido que essa vagabunda vai acabar com o nosso relacionamento, não enquanto eu viver.

- Ei - Ela arranca meu celular da minha mão e posso ver ela buscando o número que me mandou mensagem anteontem.

- Você quer que eu faça isso ou não? A briga é nossa Jobe, eu vou dar um jeito.

Ela digita rápido demais, certeza que ela tá xingando até a décima geração da família dela.

Ela termina de escrever a mensagem, e me entrega perguntando se está bom.

"Gato é um caralho, aqui é a namorada do Jobe tá entendendo? Se você ficar de vagabundagem pra cima do MEU namorado, eu vou atrás de você e da puta da sua mãe e do corno do seu pai. Tenta a sorte de ir atrás dele, que a gente vai ver quem vai acabar com quem nessa merda, a Inglaterra vai ficar pequena pra você Amy, quer dizer, Capeta. Vai sonhando que você vai ficar com ele, se toca piranha."

- Achei bom - Falo rindo.

Ela também ri, apesar da situação ser séria, amo poder rir desse jeito com ela.

Senti que ela estava um pouco estressada por causa da nossa briga, e fiquei meio preocupado e não consegui falar com ela direito.

Eu sei que isso deixa ela muito mal, ela odeia que eu não me expresse com ela, e eu que sei disso continuo fazendo.

Observo seus olhos enquanto ela está vidrada no celular, lendo e relendo a mensagem.

- O que foi? - Ela diz rindo um pouco sem graça.

- Só vendo a mulher linda que eu tenho do meu lado.

Ela põe o cabelo atrás da orelha e começa a morder as unhas, atos que faz quando está nervosa ou tímida.

Não falo nada, só me aproximo e a beijo.

Ao contrário da maioria dos nossos beijos, esse é rápido e cheio de mãos bobas.

Uma de minhas mãos está atrás do pescoço de Helo, a acariciando e a outra encontra-se em sua cintura mas doe um pouco por estar deitada em cima dela.

As mãos de Helo que estavam concentradas no meu pescoço passam a querer se soltar mais e uma delas passa a acariciar minha intimidade por dentro do short e por cima da cueca box.

Todo esse tempo | Jobe BellinghamWhere stories live. Discover now