Em que Louis é abandonado pelos "amigos" em seu aniversário e um alfa chefe da máfia afaga suas mágoas.
Ou
Quando Harry vai a seu restaurante favorito na véspera do natal e encontra o ômega que tomaria seu coração.
Olá, borboletas! Sei que estavam com saudades, eu também estava. Sendo assim, vou deixar a conversa para o final e deixar que leiam tranquilamente. Nos vemos depois. Boa leitura!
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Louis percebeu rapidamente que atirar realmente não era sua praia.
Eles estavam em um campo aberto e amplo, como deveria ser. O clube de tiro que pertencia à Midnight também atendia pessoas de fora, então eles não eram os únicos ali. Logo quando chegaram, outro ômega esperava por eles, tinha o cabelo vermelho-vivo e os olhos amarelos eram cobertos por um óculos de sol escuro. Aquele era Crowley, o ômega que Harry tinha falado para ele; Crowley era mais alto que os outros ômegas, tinha o corpo esguio e parecia estar com raiva o tempo inteiro.
Apesar disso, Crowley era muito divertido. Ele também não gostava de atirar, então ficou fazendo companhia a Louis, sentando consigo sob a sombra de uma árvore, tomando um ótimo chá de camomila. Louis mantinha um pequeno sorriso nos lábios, com sua xícara entre as mãos. Algumas pessoas se aproximaram um pouco, parecendo extremamente curiosas, mas alguns seguranças rapidamente as afastaram. Como o público geral também usava o clube – a Midnight precisava ter seus lucros –, havia uma parte do campo exclusiva para eles, principalmente para as noites de torneio.
"Talvez você seja como eu." Crowley disse, quebrando o silêncio. "Seja bom com facas."
"Talvez." Louis deu de ombros. "Risa e Winona me deram uma adaga de presente, foi a primeira vez que eu pensei que uma arma poderia ser bonita."
"Ômegas são muito pessoais." O outro explicou. "É normal que a gente prefira armas que resolvam tudo de forma pessoal. Armas de fogo são mais coisa de betas e alfas, embora Angel prefira espadas. Sinceramente, quem usa espada hoje em dia? Coisa mais antiquada, até eu preferiria uma pistola. Angel é louco."
"Você é engraçado, Crowley."
"Eu sou?"
"Sim." Louis riu. Ele viu Magnus atirar e acertar o disco em cheio. "Nossa! Eu nunca imaginaria que Magnus fosse tão bom nisso. Ele parece sempre tão calmo."
"Isso é o que o torna perigoso. Todos o subestimam. Você também deve ser extremamente perigoso, quando tem raiva." O ruivo cruzou os braços. "Igual o Angel."
"Angel é seu alfa?" Louis questionou.
"Aziraphale." O mais alto assentiu. "Ele é lindo e educado como um anjo. Assustador também, quando precisa."
"Hazz disse que vocês têm dois filhotes. Deveria levá-los para brincar junto de Will e Oscar."
"É claro, líder."
Louis viu, ao longe, um grupo de alfas se aproximando. Ele apertou os olhos, nenhum deles deveria estar ali e não pareciam fazer parte da Midnight – além dos seguranças, nenhum alfa deveria estar presente, todos sabiam que era o dia dos ômegas. Ele se levantou da cadeira, deixando sua xícara sobre a mesa, então se aproximou dos homens. Naquele dia, o ômega estava vestido de maneira mais masculino, o que não pareceu impedir os desconhecidos de olharem para si de forma asquerosa, mirando-o de cima a baixo.
