Depois das comemorações - Fúria

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27 de abril de 2021

Após as comemorações, Amanda subiu para a lanchonete que está fechada e escura, ela se senta em um dos bancos giratórios do balcão e pega seu celular, indo até o contato de seu pai e encara o botão de chamada.

Existiam varias mensagens e ligações perdidas dele que Amanda fez questão de ler todas. As primeiras eram mensagens preocupadas e as últimas eram mensagens falando que ele estava orgulhoso dela e que mal podia esperar para a encontrar novamente para ela contar toda a aventura que viveu, mas estaria de castigo por não responder suas mensagens.

A garota acaba sorrindo com as mensagens e aperta o botão de chamada de vídeo e seu pai atende no primeiro toque, mesmo sendo quase meia noite.

— Amanda? Filha? Que saudades de você! Escuta aqui da próxima vez, quero dizer se houver próxima vez que você sair para uma missão e não me mandar mensagens frequentemente, eu juro que...

— Pai, eu também te amo e estou morrendo de saudades.

A garota interrompe o mais velhos e ambos se olham com os olhos lacrimejando e com um sorriso no rosto, expressando o amor que sentiam um pelo outro. Amanda começa a falar resumidamente sobre a sua mãe, Tadeus e os outros integrantes do Clube da Meia Noite.

— Então sua mãe, ela...?

— Ela fugiu, não foi encontrado nada dela depois da explosão.

— Típico dela.

— Você acha que devemos procurar por ela?

Pergunta Amanda para o pai, pois realmente queria encontrar sua mãe, fazer ela pagar pelos seus crimes.

— Sabe, filha... Sua mãe é o tipo de mulher que só é encontrada quando quer que a encontrem, tenta não pensar muito nela, você está muito bem sem ela e nunca precisou dela para nada, você definitivamente é uma mulher melhor que ela.
Amanda suspira e acena a cabeça com um leve sorriso no rosto, seu pai tinha razão, como sempre.

— Mas mudando de assunto, como se sente em relação ao que fez com o Imperador?
Ah, isso... Amanda estava tentando não pensar no momento em que arrancou o coração do peito de Tadeus.

— Sabe pai, isso é algo que só o tempo vai dizer. Eu sabia que ele tinha chegado em um nível de maldade e loucura que não tinha volta e a morte foi a única saída que ele poderia encontrar e sei que qualquer um dos outros o poderia ter matado, mas Sombrio, Vendaval e Alvorada foram atingidos por ele de maneiras que se o tivessem matado, seria algo além de justiça, seria vingança e você sabe que matar por vingança pode acabar gerando problemas no futuro, então sobrou DaMata e eu para lidar com isso, mas o DaMata o estava segurando com Alvorada, então esse trabalho sobrou para mim e vou tentar lidar com isso aos poucos.

Amanda escuta a geladeira se mover na cozinha e percebe que alguém estava vindo.

— Pai, preciso desligar agora. Depois eu te ligo para falarmos de quando eu volto. Te amo.

Ela desliga o celular bem a tempo de ver Cobi abrindo a porta da cozinha e entrando na lanchonete, acenando para ela.

— Vai para algum lugar?

Pergunta Amanda erguendo uma sobrancelha.

- Você é enxerida mesmo, hein.

Diz Cobi com um meio sorriso no rosto a olhando de braços cruzados e ela gira o banquinho em direção a ele que se aproxima do outro lado do balcão.

— E você não respondeu minha pergunta.

Cobi se debruça pelo balcão e aproxima seu rosto do de Amanda que encara seus olhos vermelhos que pareciam brilhar no escuro da lanchonete, até que eles se fecham e os olhos dela se fecham por reflexo também e os lábios dos dois se encontram em um selar. A garota prende sua respiração por alguns segundos e sente suas bochechas queimarem, tentando raciocinar aquele momento.

— Você é muito chata, garota.

Sussurra Cobi com um sorriso sarcástico no rosto e ela cruza os braços, revirando os olhos.

— E você é um insuportável que não respondeu minha pergunta.

— Só vou tomar um pouco de ar, cruzes.

Cobi pula o balcão e anda para a porta da frente da lanchonete saindo e Amanda fica parada lá dentro o observando.

Clube da Meia Noite Where stories live. Discover now